Mais uma vez, Alex Poatan Pereira mostrou por que é o nome mais temido e “hypado” do MMA atual. Com uma força descomunal e golpes demolidores, o brasileiro manteve o cinturão dos meio-pesados ao nocautear o desafiante Khalil Rountree no UFC 307. A pergunta que fica no ar: quem poderá parar esse homem no octógono?
Poatan sofreu nos primeiros rounds, quando Rountree, azarão da noite, mostrou sua mão pesada e surpreendeu muitos com uma estratégia ousada. Mas a partir do terceiro round, o campeão virou o jogo, mostrando toda a sua potência e precisão, levando a luta a um desfecho brutal no quarto assalto.
O desafiante, número 8 do ranking, até encontrou bons momentos com sequências rápidas e precisas, mas não conseguiu segurar a avalanche que é Alex Pereira.
Com jabs, cruzados e uppers que pareciam martelos, Poatan demoliu o oponente. A cada golpe, o desafiante dobrava, até sucumbir ao poder do campeão. O UFC 307 ficará marcado como mais uma performance histórica de Poatan, que angaria ainda mais fãs e aumenta o mistério: quem será capaz de frear esse fenômeno?
Juliana é campeã
Na primeira disputa de cinturão da noite, um duelo entre a atual campeã peso galo, Raquel Pennington, e a ex-campeã, Julianna Peña. Ambas estiveram na mesma edição do TUF e criaram uma rivalidade no programa, vencido por Peña. E agora, 11 anos depois, ambas se reencontraram no maior palco do mundo, num combate de difícil prognóstico.
Ambas começaram se estudando muito, boxeando e tentando encontrar a distância. O primeiro round foi se desenvolvendo desta maneira, com Julianna Peña levando minimamente a melhor por ter tido um início um pouco mais contundente.
Raquel Pennington voltou melhor no boxe na segunda parcial e trabalhou bem os jabs, porém, Julianna Peña dava contragolpes pesados e, se aproveitando de uma brecha, a desafiante levou a campeã para o chão e caiu por cima. Depois de voltarem de pé, Peña conseguiu escalar as costas de Pennington, fechou o cadeado, mas não fez nada de significativo nessa posição de dominância, embora tenha servido para vencer a parcial.
O terceiro assalto continuou morno, com ambas trocando de maneira tímida e Julianna Peña apostando na luta agarrada para amarrar a campeã e abrir vantagem com mais um round garantido.
Perdendo por pontos, Raquel Pennington voltou do descanso disposta a não deixar Julianna colocá-la no chão. E, com um senso de urgência maior na luta em pé, Pennington primeiro acertou um ótimo chute e, pouco depois, tirou um cruzado pesadíssimo da manga que levou a desafiante a knockdown. A campeã boxeou bem e no fim ainda desferiu um belo cruzado limpo, deixando uma premissa interessante para a última parcial.
No quinto assalto, Pennington voltou trabalhando novamente na base do boxe. Mais inteira aparentemente, a campeã queria nocautear, mas parecia não ter punch para isso. Apesar de mais cansada, Peña tinha uma boa distância, entretanto, um direto da campeã balançou a desafiante e Raquel Pennington passou a caçar a rival. Nos segundos finais, ambas foram para a trocação, mas ninguém beijou a lona. Com isso, os três primeiro rounds claros fizeram com que Julianna Peña se tornasse a nova campeã peso galo do UFC.
Mario Bautista venceu José Aldo por decisão dividida
Após ter se aposentado, José Aldo voltou no Rio de Janeiro para vencer Jonathan Martínez e se recolocar na trilha da coroa da categoria, mas para isso, o brasileiro tinha que vencer o lutador em ascensão Mário Bautista, que tinha o maior desafio da carreira até então.
O americano começou com um ímpeto maior, mais rápido e buscando boas combinações para abrir caminho para a luta agarrada. Depois de um tempo na grade dominado por Mario Bautista, ambos foram para boas tentativas de trocação. Bautista tinha mais volume, mas José Aldo dava os golpes mais pesados.
No segundo round José Aldo foi com um senso de urgência maior e passou a machucar Mario Bautista com jabs pesados, bons cruzados e uma bela joelhada. Além disso, Aldo ainda mostrava ótimas esquivas. Na reta final, os dois foram para momentos de trocação franca, mas logo o duelo voltou à grade. José Aldo empatava a luta no fim da parcial.
No round final, José Aldo voltou melhor na trocação, por isso, Mario Bautista logo levou o duelo para a grade e passou a trabalhar lá, num jogo chato, porém, eficiente para ele. Aldo escapava do anti-jogo e caçava o americano, que logo voltava a agarrar, tentando convencer e convencendo a maioria dos juízes desta forma. (Do Ver-o-Fato, com informações de Play Maker Brasil)