Em pleno cruzamento das movimentadas avenida João Paulo II e Travessa Humaitá, no bairro do Marco, em Belém, um prédio que já abrigou o curso de inglês Yázigi (anteriormente CCAA) agora é símbolo do abandono e do descaso. Grades arrombadas, lixo acumulado e um ambiente que se tornou abrigo para ratos e ponto de risco para quem passa pelo local. Na fachada há uma placa de venda.
A denúncia chegou ao portal Ver-o-Fato através de uma leitora indignada, que registrou em vídeo o estado deplorável do imóvel. “Aqui virou um lixão. Carroceiros jogam entulho, ratos circulam livremente, e a população está exposta a um risco constante. O prédio abandonado é uma ameaça à segurança de quem transita por aqui”, descreveu ela.
A localização é privilegiada, mas o prédio reflete tudo, menos o potencial de valorização. Com janelas quebradas, estrutura invadida e lixo transbordando na calçada, o imóvel não apenas prejudica a paisagem urbana, mas coloca em xeque a responsabilidade dos proprietários. É inconcebível que uma área de tamanha visibilidade e importância seja tratada com essa negligência.
Onde está o compromisso dos responsáveis? O prédio está à venda, mas, até que um comprador apareça, isso não isenta os proprietários de manter o local em condições mínimas de higiene e segurança. É inadmissível que um espaço privado, ainda que desocupado, seja transformado em foco de sujeira e ameaça à saúde pública.
Prefeitura de Belém: a omissão do poder público
Se o abandono por parte dos proprietários é revoltante, a inércia da Prefeitura de Belém é ainda maior. O lixo acumulado nas calçadas representa um atentado à saúde pública e evidencia a falta de fiscalização e de medidas concretas por parte do poder público.
A Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) tem o dever de atuar, seja notificando os responsáveis pelo imóvel, seja organizando mutirões de limpeza para garantir que o lixo não permaneça ali por tempo indeterminado. E mais: onde estão as ações para coibir o descarte irregular de lixo na área? É preciso fiscalizar e aplicar multas aos infratores com rigor.
Impunidade e descaso com a população
O abandono desse prédio não é apenas um problema estético. É uma questão de saúde, segurança e dignidade para os moradores e pedestres que transitam diariamente pelo local. Ratos, lixo, e um ambiente propício para atividades ilícitas criam um cenário que reflete a falta de compromisso com o bem-estar coletivo.
Os proprietários precisam ser responsabilizados e cobrados para garantir que o imóvel seja regularizado. Da mesma forma, a Prefeitura de Belém deve agir com firmeza, pois a população não pode ser refém de descaso e impunidade.
Enquanto nada é feito, o que resta para a população? Indignação, risco e a sensação de que a cidade está entregue ao abandono. Esse cenário precisa mudar. E mudar agora.
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