Nesta segunda-feira (02), a violência que permeia o cotidiano do Pará ganhou mais um capítulo assustador, contrastando com os números de redução de crimes alardeados pelo governo Helder Barbalho. O cenário da vez foi o campus da Universidade Estadual do Pará (UEPA), no bairro do Marco, em Belém, onde um crime brutal chocou estudantes e moradores da área.
Por volta da tarde, dois homens em uma motocicleta invadiram o espaço de convivência da instituição e executaram friamente um segurança de uma empresa privada, que prestava serviço à universidade. O homem foi alvejado com cerca de sete tiros em um ataque que ocorreu à vista de crianças e jovens.
Um vídeo enviado ao portal Ver-o-Fato registra o momento aterrorizante. Estudantes circulavam tranquilamente, inclusive crianças que participavam de aulas de judô, quando os criminosos surgiram subitamente. Um dos homens desceu da moto, sacou a arma e disparou repetidamente contra o segurança, que não teve qualquer chance de reação.
O local foi tomado por gritos e pânico enquanto alunos corriam desesperados para se proteger. Após o homicídio, o atirador recolheu a arma da vítima, embarcou na moto e fugiu em alta velocidade com o comparsa, em direção ao bairro de São Brás.
Violência nas portas do saber
A Universidade Estadual do Pará, espaço que deveria simbolizar o aprendizado e o futuro, tornou-se palco de uma cena digna de um filme de terror. Mais do que a perda de uma vida, esse episódio reforça o medo constante que permeia a vida dos paraenses, mesmo nos ambientes considerados seguros.
O Pará, que aparece em relatórios oficiais como exemplo de queda na criminalidade, enfrenta uma realidade bem diferente no dia a dia. Crimes bárbaros, como o ocorrido na UEPA, continuam a acontecer em plena luz do dia, expondo a fragilidade da segurança pública e o distanciamento entre os dados oficiais e a experiência real da população.
Após o crime, uma operação foi montada pela Polícia Militar, com várias viaturas sendo mobilizadas na tentativa de capturar os responsáveis. Até o momento, os assassinos não foram localizados.
A UEPA ainda não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido, mas o episódio lança luz sobre um problema cada vez mais grave: a segurança precária em locais públicos e de ensino, onde a juventude deveria estar protegida, mas frequentemente se encontra à mercê da violência.
Enquanto as estatísticas continuam a ser comemoradas pelo governo estadual, a realidade nas ruas conta outra história. E ela é assustadora.
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