A coligação “Para o Trabalho não Parar” ajuizou junto à Justiça Eleitoral, em Rondon do Pará, uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra Adriana Andrade de Oliveira, candidata a prefeita de Rondon do Pará, Edilson Oliveira Pereira, marido de Adriana, e Dahu Carlos Burani Machado, por abuso de poder político. Edilson Oliveira, figura política local, é assessor especial I do Governo do Estado do Pará, bem como sua esposa, e atual candidata a prefeita pelo partido Movimento Democrático Brasileiro ( MDB).
Adriana, de acordo com a ação, tem vínculo de confiança e estreitamento com o governo do Estado, pois exerceu, até o período eleitoral, cargo de direção da escola estadual Dionísio Bentes, unidade de ensino localizada no município de Rondon do Pará. “A representada, juntamente com o seu esposo e ex-prefeito desta cidade, Sr. Edilson Oliveira, divulgaram nas redes sociais vídeo com o governador do Estado, no qual Helder Barbalho enfaticamente asseverou que, a pedido de Edilson e Adriana, estava autorizando naquele momento mais 3 km de asfalto para o município de Rondon do Pará e já autorizou a Secretaria de Obras, imediatamente, a planejar a chegada das máquinas”. Diz a ação frisando que, no vídeo, o governador informou que, a pedido da Adriana, iria sinalizar a prefeitura para viabilizar recursos na ordem de R$ 500 mil para obras de abastecimento de água no Bairro Gusmão.
Na ação, que pede a cassação do registro de Adriana Oliveira, a coligação reitera à Justiça Eleitoral que a candidata a prefeita, juntamente com seu marido, vêm utilizando a máquina pública estadual com vistas a obtenção de nítida vantagem na eleição municipal, claramente em desequilíbrio do pleito. “Para se ter ideia da convicção do apoderamento da coisa pública, no dia 07 de agosto de 2020, Adriana Oliveira divulgou vídeo em sua rede social onde a mesma afirma que assinou convênio com o Estado do Pará para realização de 3 Km de asfaltos na cidade em que ela viria a ser candidata ao cargo de prefeita, como se esta tivesse alguma legitimidade de representatividade com o poder público municipal”.
Segundo a ação, Adriana Oliveira não poderia representar o município uma vez que a mesma não possui mandato de prefeita municipal, tampouco de agente público de qualquer natureza a nível local.
Além dos vídeos amplamente divulgados por Adriana e Edilson nas redes sociais, a coligação apresentou vasto material probatório, dentre os quais um requerimento enviado no dia 22 de setembro ao governo do Estado do Pará , assinado por Adriana Oliveira, onde se apresenta, mesmo fora do período eleitoral, como candidata ao cargo de prefeita de Rondon do Pará.
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