Depois de 25 dias desaparecido na mata, o corpo do caçador Wanderson Ramos dos Santos foi finalmente localizado pela Polícia Civil, na manhã de ontem, dando fim ao mistério que cercava o sumiço do rapaz.
Segundo a Polícia Civil, ele foi assassinado com um tiro de espingarda e teve o corpo enterrado pelo próprio primo, Itamir Carvalho dos Santos, quando os dois caçavam em uma área de mata, próximo de um rio, a cerca de 40 quilômetros da sede do município de Altamira, na Região do Xingu, sudoeste paraense.
De acordo com informações de policiais militares que participaram das buscas, o assassino levou a equipe policial ao local onde enterrou o corpo do primo, em uma cova de cerca de um metro de profundidade, em área de mata fechada, na zona rural de Altamira.
Conforme as investigações revelaram, a motivação do homicídio e ocultação de cadáver foi uma rixa antiga que os dois mantinham, mesmo convivendo juntos e saindo para caçar constantemente. Wanderson e Itamir dos Santos saíram para caçar no dia 5 de maio, mas só um deles voltou.
O assassino confessou que tinha planejado matar o primo e esperou a oportunidade quando os dois estavam no meio da mata, disparando um tiro de espingarda. Em seguida, ele abriu uma cova e enterrou o corpo da vítima. Após o crime, o acusado disse aos parentes e amigos que o primo estava desaparecido na mata.
Várias buscas foram feitas, mas sem êxito. O caso seguia como um mistério e os familiares disseram que não desconfiavam de ninguém. Depois de vários dias de investigações, o caso foi desvendado.
Uma operação deflagrada pela Polícia Civil, com apoio da PM, localizou o acusado Itamir Carvalho dos Santos, que foi preso na casa dele, no Travessão da Gameleira, área rural de Altamira, durante a madrugada desta terça. Ele confessou o crime e pela manhã levou a equipe policial até o local onde o corpo estava enterrado.
Na casa dele, os policiais apreenderam quatro espingardas, calibres, 32, 28 e 20, além de três munições. Uma delas foi utilizada no crime. O corpo da vítima foi levado para necropsia na unidade regional do Instituto Médico Legal, enquanto o criminoso, com prisão preventiva decretada, vai ser transferido para o Complexo Penitenciário de Vitória do Xingu.