Um acidente de proporções devastadoras marcou o último domingo (22), quando a ponte Juscelino Kubitschek, localizada entre os estados do Maranhão e Tocantins, desabou, ceifando a vida de 11 pessoas, entre elas, oito paraenses. Desde então, equipes de resgate têm trabalhado incansavelmente para localizar os corpos das vítimas desaparecidas nas águas do rio Tocantins, palco dessa tragédia.
Nesta quarta-feira (25), dia de Natal, os corpos de Silvana dos Santos Rocha Soares, de 53 anos, e Anízio Padilha Soares, de 43 anos, foram encontrados por uma equipe do Corpo de Bombeiros do Tocantins. O casal estava dentro de um dos caminhões que despencaram no momento do colapso do vão central da estrutura. Anízio, motorista de caminhão, transportava uma carga de MDF acompanhado por sua esposa Silvana e a neta, Lohanny Cidrônio de Jesus, de apenas 11 anos.
O corpo da pequena Lohanny foi localizado na terça-feira (24) e levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Imperatriz, no Maranhão. Entretanto, segundo o pai da criança, o corpo ainda aguarda liberação, uma vez que exames complementares são necessários para a identificação técnica exigida pela legislação.
Esforços nas buscas
Com o registro de oito paraenses entre os desaparecidos, as buscas têm mobilizado um grande contingente. Ao todo, 29 mergulhadores do Corpo de Bombeiros do Tocantins, Maranhão e Pará estão envolvidos nos trabalhos, em conjunto com especialistas da Marinha do Brasil. A complexidade da missão é agravada pela profundidade do rio Tocantins, que chega a 50 metros, e pela baixa visibilidade no local.
Para superar os desafios, tecnologias de ponta estão sendo empregadas. Um drone aquático da Polícia Federal foi acionado para ajudar na localização dos corpos e dos veículos submersos. A Marinha, por sua vez, utiliza um sonar de alta precisão para mapear as áreas onde os veículos podem estar.
Impacto e investigação
A tragédia abalou as comunidades do Maranhão, Tocantins e Pará, com familiares das vítimas aguardando ansiosamente por respostas. Enquanto as buscas prosseguem, autoridades investigam as causas do colapso da ponte, que era um importante corredor logístico na região. Mais detalhes sobre as condições da estrutura antes do desabamento ainda são aguardados.
Este Natal, em vez de celebrar, se transformou em um momento de luto para muitas famílias. A esperança é que os esforços conjuntos das equipes de resgate possam trazer alívio ao menos no sentido de encerrar a angústia dos desaparecidos, dando às famílias a possibilidade de se despedirem dignamente.















