O Paysandu vive um momento crítico na Série B, e o Mangueirão lotado testemunhou uma atuação decepcionante contra o Santos (SP), resultando em uma goleada amarga. O time, que entrou na competição como um dos mais caros da temporada, vem colecionando tropeços, especialmente em casa, deixando sua fanática torcida frustrada.
Contusões inesperadas de jogadores importantes têm afetado o desempenho da equipe, mas o problema vai além disso. A falta de criatividade no ataque, com muitos toques laterais e recuos, revela um time sem confiança e sem poder de decisão. A derrota contundente contra o Santos é um reflexo de erros recorrentes que o Paysandu precisa urgentemente corrigir.
Se ainda deseja sonhar com uma vaga no G4 e se credenciar para subir à Primeira Divisão, o time precisa de mudanças drásticas. A recuperação deve começar com ajustes táticos, uma postura mais agressiva em campo, e principalmente, um resgate da confiança de seus jogadores. O tempo está passando, e cada ponto perdido pode ser decisivo nessa reta final. A torcida espera uma reação à altura do clube, que tem tradição e peso no cenário nacional.
O primeiro tempo foi equilibrado, com as duas equipes buscando o gol, mas já dava pra ver que o Santos era superior, um time mais organizado, com peças em todos os setores do campo que faziam a diferença. Enquanto o Paysandu mostrava porque a sua trajetória na competição era tão instável e irregular. O bicolor até teve até mais posse de bola, mas não sabia o que fazer com ela e não conseguia ferir a defesa do Peixe.
Veio o segundo tempo e a tônica da partida não se alterou até a expulsão de Netinho. O Paysandu ficou com um jogador a menos, e o que estava ruim piorou. O Santos aos poucos foi buscando espaço, fez o segundo gol e ainda deu tempo para virar goleada. Nesta partida, ficou claro a irregularidade e a fragilidade do Paysandu na competição.
Paysandu e Santos se enfrentaram na noite (20h) desta sexta-feira (9), no estádio do Mangueirão, pela 20ª rodada, o primeiro jogo do returno da Série B do Brasileiro.
O Paysandu entrou em campo não só em busca de uma vitória (três jogos sem vencer), mas também de uma regularidade. O bicolor perde pouco, mas também vence pouco, e claro, empata muito. Uma vitória colocaria a equipe paraense em nono e voltaria a sonhar com o G4.
A bola rolou com o Mangueirão completamente abarrotado de torcedores. O jogo começou agradável, pegado, com as duas equipes aguerridas, buscando o gol o tempo todo. Mas o Paysandu era melhor, frequentando o campo de ataque, com vários arremates de fora da área, que obrigavam o arqueiro Gabriel Brazão a trabalhar logo nos primeiros minutos.
E a primeira grande chance da partida foi bicolor, e foi com a terceira opção de Hélio do Anjos, no lado direito do ataque. Aos 21 minutos, Esli García recebeu pela esquerda, invadiu a área e bateu colocado, no canto esquerdo do goleiro do Santos, que se esticou e fez grande defesa.
A resposta do Santos foi dois minutos depois. Aos 23, Guilherme tabelou com Escobar, desceu pela esquerda e cruzou. A bola foi para Rodrigo Ferreira na entrada da área. O lateral soltou a bomba e o goleiro do Paysandu fez a defesa, no rebote, Escobar tentou completar, mas mandou a bola pra fora. O jogo estava lá e Cá.
O Santos apareceu de novo. Aos 33, Guilherme tabelou com Diego Pituca e ficou cara a cara com Diogo Silva. O atacante tentou o toque para encobrir o goleiro, mas a bola passou raspando a trave direita. Essa foi a chance mais clara até aquele momento.
Mas Guilherme não costuma perder gols. E aos 38, depois de um cruzamento perfeito de Rodrigo, ele subiu mais do que todo mundo e deu uma cabeçada de manual, sem chances para o Diogo Silva. Golaço! Gol do Peixe. 1 a 0.
Depois do gol tomado, o Papão ficou mordido e foi pra cima. Mas a equipe da Vila Belmiro não é ííder à toa. O bicolor tinha a posse de bola, mas encontrava uma equipe bem postada, organizada e que dava poucas brechas para o dono da casa. A única jogada eficiente do Lobo era com o baixinho Esli Garcia, que entortava todos no lado esquerdo do ataque, mas era muito pouco.
Desandou de vez
O segundo tempo começou com o Peixe mordendo. Aos 4 minutos, Em cobrança de falta de Otero, o venezuelano mandou direto para o gol, Diogo Silva defendeu e a redonda bateu na trave e saiu.
A resposta bicolor foi com Nicolas. Aos 16 minutos, em cobrança de falta, Cazares cruza na cabeça de Nicolas que manda pra fora. Grande chance desperdiçada pelo centroavante do Paysandu.
O Paysandu não reagia. Perdendo o jogo, tentava agredir a defesa santista, mas não conseguia ser efetivo, era muito pouco, se refletindo na partida, já que o Santos, com o placar favorável, não tinha interesse na aceleração da partida. Naquele momento o jogo estava chato e monótono.
E pra piorar, em jogada disputada entre Netinho e Guilherme, o VAR chamou o arbitro e ele deu cartão vermelho para Netinho, tirando o amarelo que já tinha aplicado ao jogador, deixando o Papão com um a menos. Mais um jogo em que o VAR interfere diretamente na partida.
Depois disso o Papão teve a sua chance mais clara na partida. Aos 37, Borasi recebeu pela direita e cruzou na área. Gabriel Brazão fez o corte parcial e a bola sobrou com Robinho, que cabeceou para o gol. A bola passou pelo goleiro do Santos, mas Jair salvou quase em cima da linha. .
Mas aos 45, no apagar das luzes, veio o balde de água fria, escrachando a irregularidade da equipe do Paysandu. Patati foi lançado, ele driblou dois defensores do Paysandu, com extrema facilidade e bateu no contrapé de Diogo Silva. Golaço do garoto da base santista. Parecia que os defensores do Paysandu não tinham interesse e nem energia para acompanhar o atacante adversário. 2 a 0.
E o Santos ainda teve tempo de pregar o último prego do caixão bicolor. Aos 53, Guilherme, o nome do jogo, cobrou falta de forma perfeita, colocando no ângulo, sem chances para Diogo Silva. Uma cobrança difícil de ver no futebol brasileiro. Gol de placa. 3 a 0.
Apito final. A realidade: o Papão está mal e não cabem mais explicações do treinador para justificar derrotas. Mudanças à vista?
RAIO X DA PARTIDA
Paysandu: Diogo Silva, Edilson, Quintana, Lucas Maia, Kevyn, João Vieira, Matheus Trindade (Netinho), Borasi, Cazares (Robinho), Paulinho Boia (Jean Dias) (Esli Garcia) e Nicolas. Técnico: Hélio dos Anjos.
Santos: Gabriel Brazão, Rodrigo Ferreira, João Basso (Alex), Jair Paula, Escobar, João Schmidt, Diego Pituca, Serginho (Wiliam Bigode), Otero (Pedrinho), Julio Furch, Guilherme. Técnico: Fábio Carile.
Árbitro: Denis Da Silva Ribeiro Serafim (AL)
Árbitro Assistente 1: Brígida Cirilo Ferreira (AL)
Árbitro Assistente 2: Rondinelle Dos Santos Tavares (AL)
Quarto Árbitro: Olivaldo José Alves Moraes (PA)
Assessor: Simone Xavier De Paula E Silva (RJ)
VAR: Paulo Renato Moreira Da Silva Coelho (RJ)
VAR: Carlos Henrique Cardoso de Souza (RJ)
MELHORES MOMENTOS E GOLS: