Mais um episódio de violência brutal contra a mulher, que só reforça a triste realidade: estamos diante de uma verdadeira epidemia social. Um homem inconformado com o fim de seu relacionamento invadiu a casa da ex-mulher de maneira inacreditável, em Parauapebas, no sudeste do Pará.
Com o carro, ele derrubou o portão e ainda destruiu parte da parede da residência, numa tentativa desesperada e perigosa de intimidá-la. O ato de violência aconteceu na Rua Gaspar Viana, no Bairro Liberdade, e é mais um retrato de um cenário que se repete diariamente em todo o país.
Ao chegarem ao local, os policiais encontraram o agressor caído no chão, com sinais vitais fracos, provavelmente em decorrência do impacto da colisão. Ele foi socorrido e levado para um hospital, mas a pergunta que fica é: até quando? Até quando vamos permitir que mulheres sejam reféns do medo, alvo de ações violentas de homens que não aceitam o fim de uma relação?
A polícia orientou a vítima a registrar um Boletim de Ocorrência na 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil, para que o caso seja devidamente investigado. Mas o que fica é a indignação e a urgência de medidas mais efetivas. Não estamos falando de casos isolados, mas de um problema que se agrava a cada dia e que já pode ser caracterizado como uma epidemia social.
Mulheres continuam a ser vítimas de agressões, ameaças e violências de toda natureza, muitas vezes dentro de suas próprias casas, locais que deveriam ser de segurança e acolhimento.
Precisamos urgentemente repensar como a sociedade trata essa questão. As estatísticas de feminicídios e agressões são alarmantes, e cada novo caso mostra que a resposta precisa ser mais rápida, eficiente e incisiva. É necessário proteger as vítimas, punir os agressores e, principalmente, mudar essa cultura de violência e controle que ainda permeia muitos relacionamentos.
Chega de naturalizar o abuso. Chega de impunidade.