O engenheiro elétrico aposentado Jesus Nazareno Miranda Pereira fez uma denúncia ao Ver-o-Fato sobre “o martírio que está passando no Departamento Estadual de Transito do Estado para regularizar o veículo”. Ele afirma que uma taxa paga por ele, de mais de 800 reais, simplesmente sumiu, ninguém sabe, ninguém viu. O aposentado fez um relato, detalhando a causa do “martírio” dele junto ao órgão público.
De acordo com Jesus, o licenciamento do veículo dele venceria em abril de 2021 e antes ele imprimiu o boleto bancário que recebeu via internet, da ultima parcela do IPVA, taxa de licenciamento, taxa bancária e multa. A data de vencimento era para o dia 28 de abril deste ano e ele pagou o boleto no dia 29, um dia depois, mas o banco Itaú aceitou o pagamento, sem apontar nenhum problema.
“Fiquei no aguardo do documento em minha residência, como era de costume e nada do documento chegar. Estava programado viajar com a minha família de carro pelo Nordeste, mas tive de desistir da viagem por causa da falta da documentação”, lembrou. O aposentado comentou sobre o problema e conversou com outras pessoas que têm veículos, que lhe orientaram a baixar um aplicativo que ele não conhecia, para tentar encontrar uma solução. Mas ele também não conseguiu.
“Começou o meu martírio quando fui ao Detran e me disseram que o boleto que eu paguei constava como bloqueado por causa de ter sido pago com um dia de atraso. Fui aconselhado por um funcionário a dar entrada com um processo de desbloqueio de boleto ou emitir novo boleto, fazer o pagamento, para depois entrar com um processo pedindo ressarcimento do pagamento anterior”, afirmou o engenheiro.
Jesus Nazareno não concordou em fazer novo pagamento para depois reclamar pelo pagamento anterior, considerando o fato um absurdo. “O valor do boleto pago, com todas as taxas foi de R$ 852,91. Sou aposentado, não dispunha dessa quantia e a própria pessoa do protocolo disse que não teria previsão da devolução do dinheiro já pago”.
O aposentado disse que deu entrada no protocolo do Detran no dia 07 de junho último, optando pelo desbloqueio do boleto e não pelo ressarcimento, mas não adiantou nada. Conforme afirma, o martírio dele continuou: “Voltei novamente no Detran e no atendimento me orientaram a pedir junto ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) a baixa da multa paga. Entrei em contato com o órgão via telefônica e e-mail, anexei o boleto e os comprovantes de pagamentos, pedindo a referida baixa, mas o órgão me respondeu que não poderia dar baixa, pois não foi repassado para lá o dinheiro da referida multa”.
A conclusão foi que o engenheiro aposentado não pode viajar para o Nordeste como havia se programado e ainda tem que andar com o boleto e os comprovantes de pagamento para mostrar em caso de fiscalização, passando por constrangimentos.
“Já acionei vários amigos meus que trabalham no Detran e até a presente data o documento de licenciamento anual de 2021 do meu carro não foi liberado. Muitas pessoas me disseram que se encontram na mesma situação, tendo carro retido, pagando multas por um erro que não é do usuário e sim do Detran. Segundo informações de pessoas lá de dentro, que eu soube, também esta havendo incompatibilidade entre os sistema da Secretaria da Fazenda (Sefa) e do Detran e muita gente está acionando a justiça para ter seus direitos preservados”, completou.
Com a palavra, o Detran, para explicar os motivos de tantos prejuízos ao usuário Jesus Nazareno.