A causa da morte de Yasmin Cavaleiro de Macêdo, de apenas 21 anos, é objeto de exame pericial do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPCRC) e a Polícia Civil está investigando o caso. Mas versões desencontradas e informações sobre o que ocorria nos momentos finais da jovem ainda viva, deixam o caso envolto em mistério. A primeira informação foi de que se tratava apenas de um acidente.
Na tarde de domingo, 12, a vítima gravou vídeos que mostram um ambiente de diversão na marina localizada no bairro do Tenoné, contando com música ao vivo e passeio no Rio Maguari. Segundo a mãe de Yasmin, por volta das 22 horas a filha entrou em contato, falando sobre o dia dela. Por volta das 23 horas, porém, a mãe recebeu uma ligação, informando que sua única filha havia desaparecido no rio.
A primeira informação foi de que ela havia se jogado na água e não teria mais sido vista, além disso, que sabia nadar e não consumia bebida alcoólica. O advogado da família revelou que essa versão merece ser investigada, pois ao contrário do que foi veiculado, a jovem não sabia nadar e por isso se presume que não iria se jogar no rio, sobretudo no escuro.
Além disso, o condutor da lancha – que é filho do dono da marina – não teria licença para conduzir a embarcação e a lotação estaria excedida: comportava até 7 pessoas, mas teria pelo menos 15, não contendo colete salva-vidas para todos.
A mãe diz que foi informada de três versões acerca do desaparecimento: primeiro, ela pulou na água e desapareceu; segundo, foi até a escada da embarcação para urinar e não foi mais vista; terceiro, só foram dar falta dela quando já tinham ancorado. De acordo com o advogado, no reconhecimento do corpo a família identificou que Yasmin apresentava algumas escoriações na boca e no ouvido, o que deve estar sendo periciado.
“Por que eu deixei você sair do meu lado? Por que, Deus?”, desabafou nas redes sociais uma amiga da vítima que estava com ela tomando banho de piscina horas antes da tragédia, mas Yasmin decidiu sair e encontrar os amigos na lancha. “O piloto não tinha autorização pra pilotar e ainda estava embriagado. Deixo aqui a minha indignação com todos que estavam a bordo com ela. Ninguém deu falta? Terminaram a festa numa boa sem a presença dela? Que amigos são esses? Estavam todos noiados? Será que ninguém procurou saber? Pelo amor de Deus, o silêncio é revoltante!”, disse a amiga.
Para o advogado da família, o acidente ocorreu pouco depois das 22 horas da noite, mas o boletim de ocorrência só foi registrado 5 horas da manhã de segunda-feira, 13, pelo proprietário da lancha. O caso segue sendo investigado.
A despedida de familiares e amigos a Yasmin Macêdo ocorreu noite de ontem, 3, em uma funerária particular localizada no bairro da Marambaia, em Belém.