Os pontos de ônibus amanheceram lotados na manhã desta terça-feira, 3, devido a greve dos rodoviários em Belém, Ananindeua e Marituba. A alternativa para muitos passageiros foi o serviço de transporte prestado por mototaxistas, micro-ônibus, aplicativos de mobilidade e vans, porém, muitas pessoas reclamaram dos preços caros. O sindicato dos rodoviários afirma que teve 100% de adesão à greve, iniciada desde 0h.
Enquanto os patrões e sindicato não chegam a um acordo, os passageiros pagam até 10 reais – sem direito a meia-passagem – no transporte através de vans na Avenida Augusto Montenegro, onde normalmente o valor é de 4 reais. O trajeto, que sem greve vai de Distrito de Icoaraci até o bairro Castanheira, hoje se estendeu até São Brás, onde centenas de pessoas desembarcavam na esperança de conseguir outro meio de chegar mais ao centro da capital.
Em Marituba e Ananindeua, as vans aproveitaram a alta demanda e subiram os valores de 5 para 8 reais, sem meia-passagem. Outro grupo que aproveitou foram os motoristas por aplicativos que, além de mais corridas no inicio da manhã, tiveram mais lucro com os valores que chegavam até o dobro do que normalmente são praticados em muitas áreas.
O sindicato dos rodoviários diz que está aberto para negociações. Os trabalhadores defendem o aumento de 15% para o salário bruto e para o auxílio alimentação, já o sindicato patronal sinalizou com uma contraproposta de aumento de apenas 4%, o que não agradou aos rodoviários. Se nas próximas horas houver nova proposta da patronal, o sindicato promete decidir em assembleia a continuidade ou não da greve.