De acordo com o estudo, publicado na revista BMJ Open, pessoas que mantêm uma rotina regular de exercícios têm 42% menos chances de enfrentar dificuldades para adormecer em comparação com as sedentárias, além de apresentarem uma redução de 22% na probabilidade de relatar sintomas de insônia. A análise revelou ainda que aqueles que permaneceram fisicamente ativos ao longo do tempo tinham uma probabilidade 55% maior de desfrutar de um sono considerado normal (entre seis e nove horas por noite) do que aqueles que não praticavam exercícios.
A pesquisa, que envolveu 4.339 pessoas em nove países europeus, mostrou que mesmo aqueles que adotaram a prática de exercícios durante o período do estudo experimentaram benefícios significativos. “Pessoas fisicamente ativas têm um menor risco de alguns sintomas de insônia e durações extremas de sono, tanto longas quanto curtas”, afirmaram os pesquisadores, incluindo membros do Imperial College London e da Universidade de Reykjavik, na Islândia.
Os participantes do estudo foram questionados sobre seus níveis de atividade física no início e depois novamente uma década depois, além de responderem sobre sintomas de insônia, como dificuldade para dormir e duração média do sono. Aqueles que se exercitavam pelo menos duas vezes por semana, por pelo menos uma hora cada vez, foram considerados fisicamente ativos.
Huw Edwards, CEO da ukactive, a associação comercial do Reino Unido para o setor de atividade física, destacou a importância desses resultados: “Este estudo mostra o papel essencial que a atividade física pode desempenhar na redução do risco de insônia”. Ele ressaltou ainda que um bom sono tem impactos positivos na produtividade e no bem-estar geral.
Os pesquisadores alertaram que os benefícios podem ser perdidos se as pessoas interromperem suas rotinas de exercícios. “Queremos tornar o Reino Unido a nação mais ativa da Europa”, disse Edwards, destacando os benefícios econômicos e de saúde pública associados à prática regular de atividade física.
A pesquisa também revelou diferenças entre os países europeus, com os noruegueses sendo os mais consistentemente ativos e os espanhóis e estonianos os menos ativos. Além disso, constatou-se que aqueles que praticavam mais exercícios eram predominantemente homens, mais jovens e menos propensos a fumar, além de estarem mais frequentemente empregados.