Durante ato em comemoração aos 111 anos da Igreja Assembleia de Deus, em Belém o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) afirmou para os evangélicos que suas bandeiras de luta, durante a campanha de reeleição, serão as mesmas que sempre defendeu: a favor da família, contra o aborto, a ideologia de gênero e a liberação das drogas.
Antes desse ato, ao chegar na capital paraense, ele repetiu o que faz por onde passa: motociata com centenas de acompanhantes, incluindo políticos como o deputado federal Eder Mauro, que ocupou a garupa na moto em que estava Bolsonaro.
No passeio pelas ruas dos bairros do Marco, São Brás e Nazaré, o presidente cruzou em uma esquina da avenida Governador José Malcher com um grupo de manifestantes da oposição ao governo dele. Eles exibiam cartazes do jornalista Dom Phillips e Bruno Pereira, assassinados na semana passada no Amazonas.
“Não é fácil ser presidente da República, mas aqui eu gostaria de ouvir mais do que falar. Temos as coisas espirituais e materiais. Nas coisas materiais do nosso governo, temos problemas, mas isso não é sentido só no Brasil, também no mundo todo”, disse Bolsonaro, citando a guerra na Ucrânia como elemento que reforçou as dificuldades.
Ele falou ainda sobre o pós-pandemia e a política do “fique em casa, a economia a gente vê depois”, acrescentando que essa política, adotada por governadores, causou enormes problemas para a população, sobretudo a mais humilde, que perdeu emprego e renda. O Auxílio Emergencial, ponderou, evitou que isso piorasse a situação dos brasileiros. “Nós defendemos a liberdade em nossa pátria”, resumiu.
Por volta das 20h, o presidente retornou à igreja para participar de um culto, no Templo Central da Assembleia de Deus, na 14 de Março.