Quando se olha para a violência que domina todo o Pará e se vê o governo de Helder Barbalho negando os fatos e exibindo em suas estatísticas suposta queda na criminalidade, chega-se à conclusão de que a segurança pública está perdida e falida. Além dos altos índices de homicídios, também são enormes as subnotifícações de assaltos, roubos e violência doméstica, segundo uma fonte do próprio governo ao Ver-o-Fato.
Enquanto isto, o governador prefere o conforto e o refúgio do universo paralelo em que vive. Não é à toa que Helder aparece sempre dançando e sambando. O reino da fantasia é encantador. Menos para quem vive fora dessa bolha de ilusões, como a imensa maioria da população trabalhadora, que paga impostos e não tem segurança em lugar algum.
Se Helder fosse às ruas e não apenas subisse nos palanques políticos em busca da reeleição, sempre cercado de forte aparato de segurança e de bajuladores que massageiam o ego dele a todo instante, entraria em pânico ao verificar que o Pará real é muito diferente da propaganda enganosa e manipuladora que seu governo vende a peso de ouro para as mídias domesticadas.
Em Tucuruí, imagens enviadas hoje ao Ver-o-Fato que não iremos mostrar porque são muito fortes e resumem, como um retrato de horror, o que acontece todos os dias neste Pará, um jovem é filmado por câmeras de segurança em momentos de total desespero.
Em pânico, ele tenta fugir de dois carrascos armados. São seus últimos momentos de vida. Em uma motocicleta – sempre o mesmo modus operandi do crime organizado -, a dupla de pistoleiros cerca Herbert Levi Guerra da Silva, de 25 anos, e o executa friamente. O atirador parece sorrir, exibindo a sensibilidade de um psicopata.
O motivo de mais esse crime, ninguém sabe. No Pará onde se mata por até 5 reais, isso é irrelevante para os criminosos. O que se sabe apenas, como as imagens mostram, é que os matadores, feito o trabalho sujo, foram embora com a mesma tranquilidade com que vieram. Não foram presos e duvida-se que o sejam.
E assim caminha a humanidade nesse Pará violento, onde a vida não vale absolutamente nada. Qualquer vida.