A Polícia Civil do Pará investiga se o corpo encontrado enterrado no quintal de uma casa, no Distrito de Outeiro, em Belém, é do técnico de enfermagem Antônio José Baía Ferreira, de 52 anos, desaparecido desde o dia 1 de setembro. O local teria sido apontado por um dos sete suspeitos presos.
Segundo informações, sessenta e nove fragmentos ósseos foram encontrados carbonizados e enterrados numa cova rasa no quintal, além disso, marcas de sangue foram descobertas no interior da residência nesta sexta-feira, 15. A Polícia Científica do Pará (PCP) foi acionada para coletar os fragmentos e realizar a análise de outros vestígios.
Suspeitos da morte do enfermeiro foram presos após a motocicleta dele ser localizada na região do Marajó, graças ao rastreador do veículo. Portanto, foi descoberto que os suspeitos moram na proximidade da casa do desaparecido e estariam envolvidos na venda da motocicleta.
De acordo com o relato de familiares, um dos principais suspeitos, identificado apenas como Renato, teria ido até a residência da vítima enquanto familiares realizavam buscas por pistas do desaparecido. Ele teria mostrado nervosismo e falado que falou com Antônio antes do desaparecimento, pois foi contratado para um serviço de roçagem no terreno.
Ainda que nervoso, no momento, a família acreditava que estava apenas abalado pelo sumiço. “A delegada disse que ele confessou ter assassinado o meu irmão de forma covarde. Ele (Antônio) foi atraído e rendido com uma paulada na cabeça. Pelo menos é a confissão dele, a princípio. Desmaiado, eles começaram a execução com arma branca. Não foi encontrado corpo, como foi divulgado hoje pela imprensa, foi o que a delegada nos repassou.
Mas tem muitos indícios, inclusive a carteira dele da Unimed estava lá na residência desse cidadão. Foram encontradas manchas de sangue nas paredes da casa. Tinha um buraco no quintal. A polícia fez escavações, mas não encontrou nada”, disse um familiar de enfermeiro.
A análise da perícia vai determinar se o corpo pertence ao homem desaparecido. As motivações do crime ainda são um mistério. A polícia segue investigando.