Deu no site O Antagonista: o diretor do Datafolha tentou explicar os erros grosseiros nas pesquisas de São Paulo, Recife e Porto Alegre. Ele disse para O Globo:
“Depois que a pesquisa de véspera é divulgada, muitos eleitores observam o resultado desse levantamento, articulam-se e, somado a outros fatores, mudam de voto. A única pesquisa que pode ser comparada com o resultado oficial é a boca de urna.”
O Ibope deu uma justificativa igualmente patética: “Eleições municipais, especificamente, são bastante dinâmicas, pois lidam com assuntos que impactam diretamente o eleitor e ele deixa para decidir seu voto na última hora.”
A CEO do Ibope, Márcia Cavallari, em entrevista à Rádio Gaúcha, pediu desculpas aos porto-alegrenses: “A gente não teve um bom desempenho na última pesquisa. Inclusive, pedimos desculpas aos porto-alegrenses.”
Em Porto Alegre, o Ibope da véspera do segundo turno dava 51% dos votos válidos a Manuela D’Ávila (PC do B) e 49% a Sebastião Melo (MDB). Na votação, Melo ficou nove pontos à frente (54,63% x 45,37%) –diferença, além de favorável ao emedebista, bem superior à margem de erro de três pontos.
Quem ainda acredita no Ibope e Datafolha e em outros institutos de pesquisas, como os que caíram de paraquedas na eleição de domingo em Belém e erraram todas as projeções? O Ibope deu 58 a 42 para Edmilson, nos votos válidos, mas o resultado final foi 51,76 a 48,24.
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