O caso da adolescente de 15 anos que levou um tiro na boca enquanto estava no motel, no município de Vigia, com dois marinheiros, identificados como Gabriel Lobo e Diógenes, continua sendo investigado pela polícia. Versões do tio da vítima e do advogado de Gabriel mostram contraste de entendimento sobre o caso.
Segundo o tio da vítima, em entrevista para a Record TV, em Belém, militares da Marinha do Brasil costumam visitar o município a cada seis meses com o intuito de realizar a manutenção de um farol. Assim, geralmente ficam hospedados na parte de cima da casa de uma avó da vítima.
Gabriel e Diógenes estariam no local pela primeira vez e teriam pedido o número do telefone para as duas amigas que são adolescentes. Ainda conforme o tio, após troca de mensagens teriam marcado de se encontrar em uma praça, para onde foram, lancharam e, em seguida, seguiram rumo ao motel.
O parente acredita que a vítima estaria menstruada e, por isso, teria se recusado a manter relações sexuais com o marinheiro, o que teria motivado o disparo contra a adolescente. O tio diz que a família está com o “coração quebrado” e reclama do transtorno de ter que vir de Vigia até Belém para ter informações sobre o caso.
Ele afirma ainda que após a recusa da adolescente em manter as relações sexuais, o acusado teria mandado que ela abrisse a boca e disparou a arma. Outra acusação é a de que a Marinha não estaria prestando assistência à vítima e familiares, como foi dito em nota da instituição divulgada pela mídia.
O marinheiro identificado como Gabriel está preso na Base Naval de Val-de-Cans. Segundo informações, ele tem 25 anos, é casado e e pai de uma criança. Seu advogado contou que o caso se trata de um acidente e seu cliente não sabia que seriam menores de idade, pois não agiam ou aparentavam ser.
Ainda segundo o advogado, as duas adolescentes foram voluntariamente ao motel após uma tarde de conversas e consumo de bebida alcoólica pela cidade, parecendo ser “uma situação corriqueira para as duas”.
No motel teria ocorrido uma “fatalidade” após um disparo que teria sido acidental. O advogado ainda diz que não houve disparo após recusa de relações sexuais por parte da adolescente, se tratando de boato. A arma seria de Diógenes e teria sido disparada acidentalmente no ambiente que estaria escuro.
A adolescente segue internada no Hospital Metropolitano, em Ananindeua. Seu estado de saúde é considerado grave.