Ao sair da prisão, por ordem do desembargador José Maria Teixeira do Rosário, o ex-deputado Wladimir Costa gravou um vídeo e, apontando para para a perna direita, disparou: “Esta tornozeleira que os senhores estão vendo aqui não me humilha. Isso aqui para eu, um cidadão, filho de uma mulher negra que nunca conheceu o pai, é um troféu”.
A tornozeleira eletrônica foi uma das medidas adotadas pelo desembargador, dentre outras, para relaxar a prisão preventiva de Wlad, que responde a processo por crime eleitoral contra a deputada federal emedebista Renilce Nicodemos.
Acompanhado dos advogados Sábato Rosseti, Humberto Bulhosa e Fernando Pessoa, que atuam na defesa do ex-deputado, Wlad parecia comedido, pesando as palavras. Ele, no vídeo de pouco mais de dois minutos, aparece com a cabeça raspada. Rasgou elogios aos três advogados e a uma sobrinha, Elisandra, que está começando a carreira de advogada.
” Estamos deixando agora o pessoal da mídia social, o pessoal do Instagram, o povo cristão. Pessoas que eu nunca vi na minha vida, mas que estavam orando pela nossa liberdade. Estou feliz por tanta solidariedade”, disse ele.
E continuou: “estamos saindo daqui de cabeça erguida. Não fomos presos por corrupção, por roubo, agressão à mulher, desrespeito às nossas instituições”. Wladimir Costa apresentou uma tese sobre o motivo da prisão dele. ” Nós somos de direita, porque nós defendemos uma ideologia, um país democrático, com direito a todos. Contra a discriminação das drogas, contra o aborto e a favor da inclusão social”, argumentou o ex-parlamentar.
Mais adiante, declarou ter “respeito às nossas autoridades constituídas, continuamos o nosso respeito à sociedade brasileira, respeito à minha Constituição Federal, mas a luta continua por um país melhor de respeito e igualdade social”.
Por fim, concluiu: “muito obrigado pelas orações, muito obrigado pela solidariedade. A gente está junto. Recuar, jamais”.
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