Um incidente inusitado no Agreste de Pernambuco deixou a comunidade local alarmada no último fim de semana. Lavínia, uma menina de 3 anos, foi atacada por uma raposa na frente de sua residência em Taquaritinga do Norte (PE). O vídeo do ataque, que rapidamente ganhou repercussão nas redes sociais, mostra o momento em que o animal mordia a perna da garota, gerando um grande susto entre os moradores e familiares.
De acordo com relatos, o ataque ocorreu em uma área urbana, o que é bastante incomum para esse tipo de animal. Luana Patrícia, mãe de Lavínia e empresária local, expressou seu choque com o episódio. “Fiquei com o coração na mão. Uma raposa atacou ela na porta de casa, coisa que a gente nunca vai imaginar que vai acontecer. Ela está bem”, disse Luana.
Durante o ataque, o irmão de Luana foi fundamental para proteger Lavínia, ajudando a criança a se afastar da raposa. A menina foi rapidamente levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro das Rendeiras, em Caruaru, e posteriormente transferida para o Hospital Mestre Vitalino. Após receber tratamento e vacinas contra a raiva e outras possíveis infecções, Lavínia está se recuperando bem em casa.
O ataque gerou preocupações sobre a presença de animais silvestres em áreas urbanas, um fenômeno que tem se tornado mais comum devido ao desmatamento e ao crescimento desordenado das cidades. A Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) afirmou que vai investigar o caso para entender melhor as circunstâncias do ataque. Em nota, a agência ressaltou que a raposa-comum, também conhecida como graxaim, é a única espécie de canídeo nativa de Pernambuco e que, embora tenha hábitos noturnos e uma coloração que facilita sua camuflagem, pode se tornar agressiva, especialmente se estiver com raiva ou outras doenças.
A CPHR destacou que a raposa pode se tornar um reservatório de doenças como a raiva e a leishmaniose, principalmente pelo contato com cães domésticos. “Caso você encontre um animal silvestre em sua casa, acione as autoridades para capturá-lo de forma segura e adequada”, orientou a agência.
Veja: