Um vídeo viral nas redes sociais nesta semana revelou a imprudência de policiais militares que, durante o serviço, realizaram um “racha” com viaturas da corporação em São Paulo. O episódio ocorreu na madrugada de 13 de julho, no bairro do Ipiranga, na zona sul da capital, e resultou em um acidente que causou danos significativos tanto às viaturas quanto a veículos de civis.
As imagens, capturadas pela câmera corporal de um dos agentes, mostram o momento em que o soldado Bruno César Santana dos Santos provoca um colega, dizendo: “Vamos apostar um racha?” Instantes depois, ele perde o controle do veículo oficial e colide com dois carros estacionados e um poste de sinalização. Os soldados Igor Ferreira Cabelim, Gabriel Vinicius Mendes de Miranda e Tamyres Cristine Santana de Oliveira, que estavam em outra viatura e participaram da corrida ilegal, também foram filmados.
Em resposta ao caso, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que foi instaurado um inquérito policial militar, concluído em 29 de agosto, que levou o caso à Justiça Militar. Os policiais respondem por infringir o artigo 308 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e os artigos 175 e 280 do Código Penal Militar, que tipificam a prática de corridas ilegais e a violação de regras de trânsito.
Como medida disciplinar, a Polícia Militar instaurou processos administrativos que podem resultar na exoneração dos agentes. Três deles, que ainda estão em estágio probatório, enfrentam um Processo Administrativo Exoneratório, enquanto o quarto, já classificado como soldado de 1ª classe, responde a um Procedimento Administrativo Disciplinar. Paralelamente, os agentes também enfrentam um processo indenizatório para ressarcir os danos ao patrimônio público e a veículos de terceiros.
Desde o incidente, os quatro policiais foram afastados das atividades de patrulhamento e agora realizam apenas serviços administrativos enquanto aguardam a conclusão dos processos. Na esfera judicial, o caso tramita na 4ª auditoria da Justiça Militar, onde a defesa dos agentes deve apresentar resposta até 11 de novembro. A data da audiência ainda não foi definida.
Com informações de G1 e DCM