A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, na manhã desta quinta-feira (30), a mãe e o padrasto do bebê Arthur Victor dos Santos, de 11 meses, que morreu após sofrer agressões. O casal foi detido em flagrante e responderá por homicídio qualificado, com aumento de pena por serem os responsáveis legais pela criança.
A investigação teve início na última terça-feira (28), quando o bebê deu entrada na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da Maré, na zona norte do Rio, com lesões pelo corpo e em parada cardiorrespiratória. De acordo com o laudo do Instituto Médico-Legal (IML), a causa da morte foi traumatismo craniano provocado por espancamento, resultando em hemorragia e edema cerebral.
Inicialmente, o padrasto, Sidney da Silva Ferreira, de 20 anos, alegou que o bebê havia caído da cama e batido a cabeça. Posteriormente, em depoimento na 21ª DP (Bonsucesso), ele apresentou outra versão, afirmando que caiu sobre a criança ao descer uma escada, chegando a quebrar seu celular na queda. No entanto, a polícia constatou que o homem não apresentava ferimentos e que o aparelho não tinha qualquer dano.
A delegada Fernanda Caterine Eiras Dias Pina destacou que os ferimentos encontrados na vítima não eram compatíveis com uma queda acidental. “Começamos a investigar e não acreditamos nessa história. Até porque a cama tinha 50 centímetros de altura e não causaria os tipos de lesões que ele apresentava pelo corpo”, afirmou.
A mãe do bebê, Rayane Rocha dos Santos, foi presa por omissão. Em depoimento, ela afirmou ser vítima de violência doméstica e que desconfiava que seus filhos eram agredidos pelo companheiro. No entanto, a delegada ressaltou que Rayane tinha a obrigação de proteger a criança. “Ela foi omissa com esse indivíduo. Ela podia e devia agir para evitar esse resultado”, completou.
Além de Arthur, Rayane tem outra filha, de 2 anos, que também teria sido vítima de agressões do padrasto. A mulher está grávida de Sidney.
Com informações de G1 e CNN