Membros da Comunidade Quilombola do Abacatal denunciam que pela segunda vez, uma jovem do quilombo foi vítima de racismo na Escola Estadual Eneida de Moraes, no Conjunto Júlia Seffer, em Ananindeua.
“Fizeram bullying e racismo comigo dentro da sala de aula, me chamando de “preta”, “macaca” e várias outras coisas. Desde que o ano letivo começou fazem piadas de mau gosto comigo” relatou a adolescente.
Segundo a família, uma reunião com a escola para tratar do caso foi feita nesta quarta-feira (24), mas não avançou com medidas de combate, como a comunidade esperava.
Um boletim de ocorrência será feito na polícia, assim como uma manifestação pedindo providências.
A equipe de reportagem do Portal Ver-o-Fato entrou em contato com a Secretaria de Educação do Estado do Pará (Seduc), mas até o fechamento da matéria não houve retorno. O espaço está aberto às explicações.
Crime abominável
O racismo é um crime abominável que se manifesta através da discriminação, preconceito e ódio contra indivíduos ou grupos com base em sua raça ou etnia. No Brasil, o racismo é tipificado como crime pela Lei nº 7.716/1989, conhecida como a Lei Antirracismo.
Essa lei define e pune diversas formas de discriminação racial, incluindo ações como injúria racial, difamação racial, e até mesmo a constituição de organizações que promovam a supremacia de uma raça sobre as demais.
A Lei Antirracismo estabelece penas que variam de acordo com a gravidade do crime, podendo incluir desde multas até prisão, dependendo do contexto e das circunstâncias em que a discriminação ocorre.
É importante ressaltar que o racismo não é apenas uma violação dos direitos individuais, mas também uma afronta aos princípios fundamentais de igualdade e dignidade humana. Portanto, é dever de todos combater e denunciar qualquer forma de racismo, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva para todos.