Na madrugada de ontem, 26, uma barbaridade abalou a tranquilidade de Feira de Santana, na Bahia, deixando a comunidade em estado de choque. Três jovens mulheres foram assassinadas a tiros em um apartamento no condomínio do bairro Aviário.
Jaqueline Cruz de Jesus, de 29 anos, Ana Beatriz dos Santos dos Santos, de 24 anos, e Sara Victoria Brito Salomão, uma adolescente de apenas 15 anos, foram as vítimas desse ato de violência sem precedentes na região.
Segundo relatos das autoridades locais, cerca de dez homens invadiram o domicílio das jovens, onde perpetraram o crime. As vítimas foram encontradas no banheiro do apartamento, apresentando ferimentos na cabeça, pernas e braços, indicando uma ação de extrema violência.
A proprietária do imóvel, Jaqueline Cruz de Jesus, supostamente deixou o apartamento acompanhada das outras vítimas, retornando posteriormente ao cenário do crime, onde foram recebidas com uma execução sumária e cruel.
Além da dor provocada pelo trágico desfecho dessas três vidas, o episódio suscita uma reflexão urgente sobre a escalada da violência de gênero no Brasil. Diariamente, mulheres são vítimas de agressões, assassinatos e mutilações por parte de seus parceiros. A tragédia em Feira de Santana não é um caso isolado, mas sim um sintoma de uma realidade alarmante que assola o país.
Adicionalmente, não podemos ignorar que mulheres jovens como Sara Victoria Brito Salomão estão expostas a uma série de perigos, inclusive quando se envolvem em contextos relacionados ao tráfico de drogas, onde também são alvo de violência extrema em acertos de contas entre organizações criminosas.
O cenário se torna ainda mais desolador ao considerar que duas crianças, filhas de Sara e Jaqueline, respectivamente com 9 meses e 2 anos de idade, estavam presentes na residência no momento do crime, sendo expostas a uma situação traumática que deixará marcas indeléveis em suas vidas.
Enquanto a Polícia Civil de Feira de Santana trabalha incansavelmente para elucidar esse crime bárbaro e levar os responsáveis à justiça, a sociedade como um todo deve unir esforços para combater a cultura de violência que assola o país, garantindo a proteção e segurança das mulheres em todos os aspectos de suas vidas.