Para turistas que partem em busca de aventura – e não têm medo de altura – essa dica de viagem pode proporcionar uma experiência única – a partir de julho deste ano será possível realizar a travessia dos Alpes confortavelmente por um novo teleférico 3S (três cabos) com piso de vidro – o Matterhorn Glacier Ride ll.
O passeio de cerca de 1,6 quilômetros conecta a estação de montanha Klein Matterhorn, a 3.800 metros de altitude, na Suíça, com a estação do vale Testa Grigia, a pouco mais de 3.450 metros, na Itália. Ao todo, o percurso cobrirá uma diferença de altitude de cerca de 360 metros em apenas quatro minutos.
Serão 10 cabines, cada uma com capacidade para 28 passageiros. Com uma velocidade de 7,5 metros por segundo, a capacidade total será de 1300 passageiros por hora.De acordo com os responsáveis, o custo da obra é estimado em 45 milhões de francos suíços (cerca de 253 milhões de reais).
Após a inauguração do Matterhorn Glacier Ride l em 2018 (ligando a estação Trockener Steg, no vale em Zermatt, até a estação Klein Matterhorn), o novo teleférico é a peça final do projeto Matterhorn Alpine Crossing (Travessia Alpina de Matterhorn), a passagem mais alta dos Alpesimaginada por mais de 80 anos, que conectará definitivamente Zermatt, na Suíça, a Brueil-Cervinia, na Itália.
Atualmente, a única maneira de viajar entre esses dois pontos é esquiar entre eles no inverno ou dirigir ao redor da montanha em uma viagem de 3 horas e meia. Agora será possível completar toda a jornada em uma única hora. A conexão do teleférico se tornará contínua sobre a área de esqui do Theodule Pass, naquela que será a ligação aérea mais alta da Europa.Certamente, essa será a melhor escolha de passeio para conhecer os Alpes em uma viagem ao Velho Continente.
Respeito pela natureza
Durante sua fase de planejamento, o projeto Matterhorn Glacier Ride II foi criticado pela Fundação Suíça para Conservação da Paisagem (SL), que é rápida em preservar sítios naturais de qualquer construção prematura. Os oponentes temiam, em particular, que a estação superior do Klein Matterhorn, a 3800 metros acima do nível do mar, assumisse a aparência de uma Disneylândia. Mas no final, concordaram que não havia objeção.
Entre outras coisas, como relata a mídia regional, tudo foi pensado e organizado com total respeito pela natureza. Ainda nos jornais pode-se ler que esta conexão aproxima as cidades do Valle d’Aosta e o cantão suíço de Valais, permitindo a todos, e, portanto, não exclusivamente aos esquiadores“vivenciar uma experiência de alto calibre das montanhas e do seu ambiente natural”.
Outra parte do acordo é que a Zermatt Bergbahnen AG (ZBAG), responsável pela obra, se comprometeu a remover todos os elementos do teleférico existente entre Cime Bianche na Itália e Klein Matterhorn. A nova conexão não terá nenhum suporte (ou seja, postes).
Além disso, a maneira como a estação será iluminada e seu esquema de cores também foram alterados para ajudá-la a se integrar à paisagem circundante de maneira mais eficaz.Um total de 45 painéis fotovoltaicos também serão instalados para fornecer uma grande parte dos requisitos de energia para a estação superior.
E mais, este teleférico vai permitir aproveitar uma temporada mais longa: a ideia é mantê-lo aberto 11 meses por ano, tornando-o praticamente utilizável em vários períodos. Em suma, a partir do próximo verão europeu será possível cruzar a fronteira entre a Itália e a Suíça a bordo de um meio de transporte sustentável e inovador.
Cenários da região
A travessia completa estará aberta a partir de 1º de julho de 2023. Você terá vistas do icônico pico Matterhorn durante toda a viagem. Mas se olhar para o pico de quase 4.500 metros de altura de um teleférico tradicional não é adrenalina suficiente, tente conseguir um assento em uma das duas cabines do Crystal Ride. Estas cabines especiais contarão com um piso de vidro que muda de opaco para transparente para que você possa ver a beleza mais profunda do vale.
A região é composta pelo Vale de Aosta, um vale central cortado pelo rio Dora Baltea, do qual irradiam 14 vales laterais esculpidos por geleiras e torrentes. O Vale de Aosta sempre foi uma importante encruzilhada dos Alpes Ocidentais, ligado à França pelo túnel do Mont-Blanc e do Petit-Saint-Bernard e à Suíça através do Grand-Saint-Bernard.
A localização e história dessa pequena região conferem-lhe hoje uma identidade tão acentuada quanto única. O seu dinamismo abrange setores de turismo, viagens, produção de energia, pecuária, produção de lacticínios e queijos, vinhos DOC (Denominação de Origem Controlada) e outras atividades artesanais tradicionais.
Os ingressos para a parte já existente da Travessia Alpina de Matterhorn custam a partir de 95 francos suíços (R$ 530 ou US$ 106), mas podem ser adquiridos pela metade do preço se você tiver um Swiss Travel Pass válido, que garante o uso ilimitado da rede de transporte público do país durante a sua visita.
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