Em março deste ano, a Associação dos Sobreviventes, Dependentes e Viúvas do Massacre de Eldorado do Carajás encaminhou ofício ao governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), solicitando uma reunião para tratar, entre outros assuntos, do reajuste dos valores pagos às vítimas da Curva do S, a título de indenização, para corrigir a defasagem salarial ocorrida ao longo dos anos.
A Casa Civil do Governo do Estado só conseguiu marcar uma reunião da associação com o governador para o dia 25 de julho último e em seguida encaminhou os representantes da entidade para a Procuradoria-Geral do Estado, que até hoje não se manifestou sobre o assunto.
No pedido, a associação destaca que até hoje uma parte das vítimas do massacre não foi indenizada, nem recebe pensão do Estado, decorridos 26 anos do episódio.
Segundo a associação, os valores pagos aos sobreviventes e às famílias das vítimas do massacre sofreram defasagem ao longo do tempo e atualmente estão bem inferiores ao estabelecido por lei e pelo acordo feito com o Estado.
Conforme ainda a associação, os sobreviventes com problemas de saúde e sequelados estão atualmente sem assistência médica adequada, por isso precisam de auxílio médico-hospitalar para prosseguir seus tratamentos.
Segundo a assessoria jurídica da associação, há sinais de que a Procuradoria-Geral do Estado tenha engavetado o pedido. O Ver-o-Fato aguarda a manifestação da PGE sobre o caso.