A quem interessa enfraquecê-lo com fake news e cortes?
Neste 28 de outubro, “Dia Nacional do Servidor Público”, o Sindicato dos Servidores do Fisco do Pará lança a versão virtual do flash mob para lembrar que todo mundo precisa do serviço público. “Recorremos à arte, símbolo do belo e da resistência, para contrapor os ataques que tentam inviabilizar o essencial a todos: atendimento de saúde, educação, transporte, segurança, infraestrutura e cultura”, diz a entidade.
“Nós, sindicalistas, temos que ir além do lugar comum. É um dever, uma obrigação para com a sociedade. E a conexão entre a arte e o serviço público é perfeita porque são ofícios que exigem dedicação, estudo, compromisso e sensibilidade”, afirma Charles Alcantara, presidente do Sindifisco.
Em frente ao Theatro da Paz, o flash mob provocou uma pausa na correria. Foram cinco minutos para ouvir, ouvir e se envolver com a apresentação que teve sons de instrumentos do dia a dia do funcionalismo e personagens de várias áreas para mostrar que tem serviço público em todo lugar -na limpeza das ruas feita por garis, na segurança feita por policiais, no ensino desenvolvido por professores, no socorro prestado pelas equipes de saúde.
Tudo isso para dizer que precisamos defender o serviço público. Os ataques cresceram nos últimos anos e de várias formas. Uma delas é a propagação das “fake news”, como são classificadas as notícias mentirosas sobre a atuação do servidor e as instituições multiplicadoras da educação e da ciência.
Os boatos tentam diminuir a importância da estrutura do Estado e do conhecimento produzido nas instituições para a vida cotidiana. Mas a Pandemia da Covid 19 mostrou o inverso. Mesmo sob ataques, o Sistema Único de Saúde (SUS) e seus profissionais, sustentados e geridos com recurso público, foram essenciais para atender a todos, inclusive quem dispõe de altos rendimentos para pagar pela rede privada.
Ao lado dessa rede de desinformação, vieram ações diretas para desestruturar o serviço público. Cortes de orçamento enfraqueceram os órgãos e projetos de lei atacaram as regras de execução do trabalho. As mais recentes tentam retirar prerrogativas e estabilidade do servidor.
Uma delas é a proposta de Emenda Constitucional 32, conhecida como PEC da Reforma Administrativa. Se aprovada, reduzirá salários e acabará com a estabilidade do servidor, permitindo a terceirização irrestrita de todas as atividades, exceto as exercidas por cargos exclusivos de Estado.
Outra é o projeto de Lei Complementar 17/22. Ele está sendo chamado de “Código de Defesa do Sonegador” porque restringe a atuação dos servidores do fisco e, consequentemente, favorece a sonegação de impostos que, somente, em 2021, já atingiu a casa dos R$ 549 bilhões.
Todo este valor poderia ser investido na melhoria de serviços públicos para toda a população. Mas tem gente que não quer.
Um Estado forte traz benefícios para todos. Afinal, a quem cabe desgastá-lo, enfraquecê-lo e caluniá-lo? A nós, cabe defender o serviço público e lutar para que ele cresça e melhore. Essa luta é de todos.
Ficha técnica
O Flash Mob teve direção musical, cênica e geral do regente Vanildo Monteiro. A composição e o arranjo da peça musical são de Thiago D’Albuquerque. A coreografia e a direção cênica foram conduzidas pela coreógrafa Ana Unger.
Produção Executiva e argumento: Sindifisco/PA
• Direção musical, cênica e geral: regente Vanildo Monteiro.
• Composição arranjo da peça musical: Thiago D’Albuquerque.
• Coreografia e direção cênica : Ana Unger.
Veja o vídeo: