Após a análise pericial conduzida pelo médico legista Domingos Pereira no corpo de Adamor Farias Neves, líder indígena da aldeia Mapirizinho, em Santarém, uma conclusão surpreendente foi alcançada: a causa da morte foi determinada como natural.
Adamor, de 58 anos, foi encontrado sem vida pelo cacique Orzellino, em uma área entre as aldeias Ukena e Mapirizinho. O estado inicial do corpo, com o rosto ensanguentado e sua posição no solo, levou familiares e membros da comunidade a suspeitarem inicialmente de um homicídio, possivelmente cometido por arma de fogo ou facadas.
No entanto, a perícia realizada por Pereira não encontrou indícios de ferimentos causados por tais meios. O legista esclareceu que não foram identificadas lesões por arma de fogo na cabeça ou em outras partes do corpo de Adamor. Adicionalmente, o tronco não mostrava sinais de trauma, e áreas como o abdômen e o tórax estavam intactas.
A investigação ganhou atenção e gerou controvérsia devido ao tempo decorrido entre a descoberta do corpo e a chegada da equipe do Instituto Médico Legal (IML) ao local. Pereira justificou o atraso mencionando preocupações relacionadas ao clima instável e a possíveis ameaças à segurança da equipe.
Ele enfatizou que, mesmo sob pressão por respostas rápidas, a segurança da equipe e a aderência aos protocolos são prioridades inegociáveis.
O desfecho do caso, com a exclusão da hipótese de homicídio, alivia a preocupação inicial da comunidade e da família de Adamor, mas ainda levanta questões sobre as circunstâncias exatas e os eventos que levaram à sua morte natural. Do Ver-o-Fato, com informações do portal G1 Pará