Policiais e bombeiros militares do Pará que aderirem à manifestação política que está sendo programada em todo o Brasil para 7 de Setembro, Dia da Independência, podem ser enquadrados por crime militar. A advertência é do promotor de Justiça Militar, Armando Brasil. Ele encaminhou ofícios, nesta quinta-feira (26), ao corregedor-geral da Polícia Militar, coronel Ricardo André Bilóia da Silva, e ao subcomandante do Corpo de Bombeiros, coronel Alexandre Costa do Nascimento pedindo informações sobre as ações que estão sendo realizadas para monitorar os militares.
“Solicito a V. Exa. que, no prazo de 48 horas, informe a esta Promotoria de Justiça Militar acerca das ações em curso para monitorar a participação de policiais militares da ativa nos protestos convocados, bem como impedir que os agentes se valham da condição de militar para participar de atos político-partidários, inclusive com a utilização e emprego de arma de fogo da corporação”, diz o ofício encaminhado ao corregedor da PM.
Outro ofício com a mesma advertência foi enviado ao subcomandante dos bombeiros. De acordo com Armando Brasil, a possibilidade de policiais e bombeiros militares da ativa participarem dos referidos eventos e considerando que aos militares é vedada a participação em atos de natureza política, conforme estatui a Constituição Federal, a participação em tais atos pode configurar crime militar e transgressão disciplinar por parte dos militares em questão,B
Brasil justifica o pedido de informações considerando as manifestações de caráter político, convocadas para 7 de Setembro, em apoio ao presidente da República, Jair Bolsonaro.