O policial militar Joelson Barata de Souza, acusado de matar três homens em sequência, no município de Anapu, na região do Xingu, vai deixar a prisão domiciliar e voltar para o regime fechado por decisão do Tribunal de Justiça do Pará.
A defesa dele tentou prorrogar a prisão domiciliar, tendo em vista seu estado de saúde, uma vez que passou por cirurgia e está em recuperação. Os desembargadores da seção penal, porém, não conheceram o habeas corpus impetrado pelo defensor do réu.
Segundo o processo, o policial militar Joelson Souza foi denunciado pelo Ministério Público por envolvimento em três homicídios em sequência, em Anapu. O primeiro homicídio foi cometido na manhã de 20 de outubro de 2018, tendo como vítima o empresário José Maria Camelo Pereira.
Na noite do mesmo dia, por volta das 21 horas, foram assassinados os irmãos Joelton Cristo de Almeida e Josivan Cristo de Almeida, em um restaurante, enquanto jantavam. Nas duas ocasiões, os autores dos crimes chegaram de moto e atiraram diversas vezes contra as vítimas, sem qualquer chance de defesa.
Nos homicídios que ocorreram à noite, um militar que estava próximo ao local atirou contra os criminosos que estavam na moto, na tentativa de impedir as suas fugas, acertando um dos atiradores, que, mesmo ferido, conseguiu fugir.
Em Pacajá, a 80 km de Anapu, Joelson Souza foi atendido em um hospital, com ferimentos de bala na perna e nas costas. Ele recebeu voz de prisão e foi mantido sob custódia no hospital. No processo, a defesa alegou que ele sofreu um assalto em Pacajá e foi alvejado.
Os desembargadores consideraram ter havido supressão de instância, já que o pedido deveria antes ser submetido à análise do juízo da Comarca de Anapu. Também já havia sido protocolada ação semelhante com o mesmo objetivo, tendo sido prorrogada a prisão domiciliar por 120 dias, além de outra falha no habeas corpus. Agora ele vai passar para o regime fechado.
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