Após quase 24 horas de angústia e incertezas, os passageiros da lancha Expresso Fonseca, que havia desaparecido na segunda-feira (19/8), foram finalmente encontrados vivos na manhã desta terça-feira (20/8). O alívio veio através de um pescador, que avistou a embarcação em uma área remota do Rio Moju, região que liga os municípios de Porto de Moz e Gurupá, no oeste do Pará.
A lancha, que fazia a travessia entre essas duas localidades, desapareceu de forma repentina, levantando suspeitas e preocupações por parte das autoridades e familiares dos passageiros. A hipótese de sequestro surgiu como uma das principais linhas de investigação, uma vez que testemunhas relatam a presença de três pessoas a bordo da Expresso Fonseca, que poderiam estar envolvidas em uma ação criminosa no Rio Xingu, próximo ao local do desaparecimento.
Um vídeo que circula nas redes sociais revela o momento de alívio quando parte dos passageiros é resgatada. Na gravação, é possível ouvir uma mulher emocionada anunciar: “Gente, o pessoal que estava desaparecido com a lancha está chegando aqui”. Nas imagens, uma pequena embarcação conduzida por um homem transporta cerca de sete mulheres, identificadas como passageiras da lancha desaparecida.
Embora o resgate tenha trazido esperança, ainda persistem dúvidas sobre o paradeiro de todas as 20 pessoas que teriam embarcado na Expresso Fonseca. A Polícia Civil está trabalhando na confirmação da identidade e do número total de resgatados, enquanto os detalhes sobre o que realmente aconteceu durante essas horas de desaparecimento seguem sendo investigados.
A Marinha do Brasil (MB) também se pronunciou sobre o caso. Em nota oficial, informou que tomou conhecimento do suposto sequestro na tarde de segunda-feira e que a Capitania dos Portos do Amapá (CPAP) está prestando apoio às autoridades policiais, disponibilizando informações sobre a lancha. A embarcação, de acordo com a MB, estava devidamente registrada e em situação regular junto à CPAP, o que descarta, até o momento, qualquer irregularidade administrativa.
Para reforçar a segurança e agilizar a coleta de informações que possam auxiliar nas investigações, a Marinha colocou à disposição da população os telefones do Disque Emergências Marítimas e Fluviais (185) e da CPAP para denúncias e informes que possam ajudar a esclarecer o ocorrido.