A violência desenfreada no Pará continua a marcar o dia a dia da população, sem que ações concretas sejam tomadas para reduzir os alarmantes índices de criminalidade. No último episódio de terror, na manhã desta quinta-feira, 12, dois corpos – de um homem e uma mulher ainda sem identificação – foram encontrados na zona rural de São Caetano de Odivelas, próximo à fronteira com o município de Terra Alta, no ramal da comunidade de Matupiri.
As vítimas, mortas à bala, teriam sido executadas no local, de forma brutal, com indícios de uso de armas de grosso calibre.
Um dos corpos apresentava sinais de extrema violência, com a cabeça destruída, o que pode indicar o uso de uma espingarda calibre 12, uma arma que provoca ferimentos devastadores e é frequentemente associada a execuções sumárias. A cena do crime, aterradora, abalou profundamente os moradores locais, que continuam reféns de uma criminalidade que parece não ter fim.
Apesar de a Polícia Civil já ter iniciado as investigações, acionando o Instituto Médico Legal (IML) para a remoção e perícia dos corpos, o clima de insegurança permanece generalizado. Casos como este se tornaram rotina no Pará, com execuções brutais e criminosos à solta, enquanto a impunidade reina.
A população já não confia nas forças de segurança, uma vez que os responsáveis por crimes bárbaros como este raramente são capturados e levados à justiça.
Além dos homicídios e execuções, os roubos e assaltos à luz do dia estão na ordem do dia. Cidadãos de bem, que apenas tentam levar suas vidas de forma digna, são constantemente aterrorizados por quadrilhas armadas que agem com total liberdade, em plena luz do sol. O medo de sair de casa, de caminhar nas ruas ou de viajar por estradas como a de Matupiri, é real e crescente.
O Pará enfrenta uma crise de segurança pública, e a falta de respostas concretas por parte das autoridades agrava ainda mais o problema. Ações pontuais de policiamento não são suficientes para enfrentar a magnitude da violência que assola o estado. Falta uma intervenção mais robusta, planejada e articulada, que envolva não apenas repressão, mas também políticas de prevenção e combate ao crime organizado.
Enquanto isso, a população permanece à mercê dos criminosos, num cenário em que a brutalidade se tornou o novo normal. Até quando o Pará suportará esse estado de violência sem que algo seja efetivamente feito?