Sete cidades do sul e sudeste do Pará estão sem os serviços da empresa Dínamo Engenharia, prestadora de serviços da Equatorial Energia, antiga Celpa. Motivo: homens e mulheres da empreiteira decidiram entrar em greve enquanto suas reivindicações não forem atendidas.
Segundo os grevistas informaram ao Ver-o-Fato, não há condições de trabalho, férias atrasadas não são pagas, assim como horas-extras, além da falta de recolhimento do FGTS e equipamentos de proteção precários. Os trabalhadores cansaram de esperar e resolveram paralisar as atividades.
Somente em Marabá, cerca de 200 trabalhadores cruzaram os braços nesta terça-feira, 7. Eles recorreram ao Sindicato dos Urbanitários do Pará, que denunciou a precariedade à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE). A partir da denúncia, já foi aberta uma ordem de serviço e a notificação da empresa.
Uma audiência entre a SRTE, o Ministério Público do Trabalho (MPT) e os envolvidos foi agendada para esta quarta-feira, 8. A Dínamo é uma das maiores empresas prestadora de serviço da Equatorial, atuando nas cidades de Marabá, Tucuruí, Rondon, Parauapebas, Redenção, Tucumã e Xinguara.
Com a paralisação, pode-se concluir que os serviços de ligação, religação, corte e inspeção em unidades consumidoras estão parados nas duas regiões, funcionando somente o serviço emergencial.
A Equatorial/Celpa, acusa o sindicato, também tem responsabilidade pelos atos praticados pela Dínamo, inclusive deveria fiscalizar a prestação do serviço e não liberar a fatura de pagamento da empreiteira diante da falta de recolhimento de FGTS e outras inadimplências e sonegações de direitos dos trabalhadores.
Conforme denúncias, há casos de trabalhadores com até cinco férias vencidas, 500 horas-extras acumuladas sem pagamento, recolhimento de FGTS quase zero, falta de limpeza e de água potável para consumo nos locais de trabalho, assédio moral com advertências indevidas e frota de carros sucateada.