Uma advogada ligada a uma organização criminosa está entre as 13 pessoas com mandados de prisão preventiva que foram presas ontem durante uma operação conjunta dos ministérios públicos do Pará e Maranhão. Outras 23 ordens judiciais de busca e apreensão foram cumpridas pelos fiscais da lei nos municípios de Altamira, Brasil Novo, Medicilândia, Rurópolis e Itaituba, no Pará, e nas cidades maranhenses de Imperatriz, Governador Edison Lobão e João Lisboa.
Os presos foram apresentados nas delegacias de polícia das oito cidades pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Eles aguardam audiência de custódia. No caso da advogada, a situação dela foi comunicada à comissão de prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
A “Operação Senhores das Armas” foi realizada em residências e numa empresa por ordem da Justiça do Pará no município de Altamira. Ela contou com o apoio da PRF, Polícia Civil e dos Grupos de Atuação Especial de Inteligência e Segurança Institucional do Pará e do Maranhão (GSI/MPPA e CAEI/MPMA).
Além das prisões preventivas, ocorreram prisões em flagrante e foram apreendidas armas, munições, celulares e tablets. Também foram recolhidos drone, cheque, pólvora e documentos relativos ao objeto da investigação.
A investigação foi iniciada há mais de oito meses, quando foi verificado, após apreensões de munições realizada pela Polícia Civil do Pará, que uma associação criminosa estabelecida no Maranhão vem comercializando munições ao longo da Rodovia Transamazônica, na região do sudeste e sudoeste do Pará.
A operação policial foi instaurada pelo Gaeco com o objetivo de investigar condutas ilícitas tipificadas na Lei Federal nº 10.826/03 (Estatuto do Desarmamento), em especial, a venda de munições ilegais. O processo ficará sob sigilo até que o cumprimento das ordens seja formalmente comunicado à Justiça do Pará