Uma denúncia feita por moradores de uma comunidade ribeirinha levou os policiais militares da 1ª Companhia Independente de Polícia Ambiental (1ª CIPamb) a resgatarem duas tartarugas da espécie Tracajá, no município de Aveiro, na Região do Tapajós, sudoeste paraense, durante o último feriadão.
A denúncia foi de que pescadores ilegais estavam comercializando os quelônios na comunidade Cauassu-ê-Pá, naquele município. Com apoio de um agente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), os policiais militares foram até a comunidade e abordaram três embarcações.
De acordo com a PM, no segundo barco abordado foram encontrados uma tartaruga da espécie com cerca de 0,47 centímetros, pesando 10 kg e objetos de pesca. Em outra embarcação, os policiais apreenderam uma outra tartaruga de 18 centímetros, pesando 800 g e dois espinheis (instrumentos de pesca), contendo aproximadamente 100 anzóis. Os barcos foram apreendidos, assim como os objetos de pesca.
Essa espécie de tartaruga da Amazônia ocorre risco de extinção e atualmente está no período de desova. Os animais foram conduzidos para a base do Tabuleiro de Monte Cristo, onde receberam cuidados realizados pelos agentes de proteção ambiental e em breve serão devolvidas para o seu habitat natural.
O local que costuma ser visitado pelos moradores é uma área de reprodução protegida de tartarugas da Amazônia, que contribui para a redução do risco desses animais desaparecerem da natureza.
As tartarugas Tracajá são espécies de quelônios que integram o grupo de animais mais perseguidos da Amazônia, uma vez que os ovos da espécie fazem parte de hábitos culinários na região. As ações de proteção ambiental são feitas no período de desova para coibir a caça e preservar a espécie da extinção..