Ele apresentou por meio de seus advogados algo que parecia ser não um prontuário de doenças, mas um quase atestado de óbito. O ministro Dias Toffoli aceitou os diagnósticos médicos, tirou Nicolas Tsontakis Morais da cadeia e o devolveu à prisão domiciliar, condição em que ele já estava havia um ano quando foi novamente preso pela Polícia Federal.
Contudo, conversas interceptadas pela PF com autorização judicial, revelam que o “moribundo” Nicolas – tratado na gravação do filho dele como André, nome falso que utilizava em outras falcatruas com o dinheiro público – tinha fôlego de touro, e gastava R$ 15 mil por semana em farras com prostitutas.
O que o leitor do Ver-o-Fato vai ler a seguir é conversa entre José Arnaldo Izidoro Morais, pai de Nicolas, e o irmão dele, Bruno Tsontaski, ambos enrolados no caso. Eles conversam sobre a falta de controle de Nicolas sobre a dinheirama que chegava às mãos dele, gastando a torto e a direito com prostitutas.
Pode-se perceber que a conduta desregrada e promíscua de Nicolas já estava trazendo problemas sérios no relacionamento com a mulher dele, tratada por Carol, assim como com os demais familiares. Há muito mais a ser divulgado. O Ver-o-Fato, como o site O Antagônico, já vem fazendo isso. O público precisa saber de tudo que rola nos bastidores dos podres poderes regionais.
Na gravação, obtida de conversa ao celular, Bruno se queixa da forma como Nicolas e a esposa Carol, tratam ele e o pai, e reclama que o irmão está gastando muito dinheiro com prostitutas, uma faixa de R$ 15 mil por semana. Bruno diz, na mensagem, que só não prejudica Nicolas, a quem chama de André, por causa do pai. Confira:
” Te falar aqui, mas tu não fala pra minha mãe, não. Tudo que eu falo pra ela, ela corre e liga pro André, esculhamba e fala um monte de coisa. Seguinte, desde terça-feira eu aqui, pai, nesses dia tudinho, ele fugindo. Saindo pra reunião escondido, fugindo, fugindo, fugindo. Na segunda-feira nós fomos pruma reunião, uma reunião não. Ele tinha encontro da raposa.
Nós fomos prum restaurante. Eu lá em cima do restaurante, no andar de cima, conforme ele mandou, esperando ele e ele dizendo, tô chegando. Tô chegando, tô chegando, tô chegando, já, já. Isso passou uma hora, passou duas, passou três hora, tô chegando, tô chegando. Três horas e meia, aí, por um acaso, eu desci pra mijar, tava ele e a raposa lá em baixo, na outra mesa conversando. (raposa é o codinome de Parsifal Pontes).
Fez de pouco três horas e meia. Isso na segunda. Aí terça, quarta e quinta, saindo fugido. Saindo fugido pra reunião. Aí, ontem, eu mandei aquelas mensagens, né, que eu te mandei também. Falando, conversando numa boa, explicando, né, na maior tranquilidade do mundo, mas falando algumas verdadezinhas. Tá bom. Tá, fumo ontem pra casa, beleza. Aí não tem, não tem nada, não tem dinheiro, num tem nada.
Dentro do carro dele, é pacotes e pacotes de cem, de cinquenta. Hoje o Manoel chegou com uma caixa de dinheiro e ele trancou o quarto pra mim não ver. Eu varei pelo outro lado e peguei ele contando o dinheiro. Aí disse pra ele, ei macho, me chama ao menos pra mim ajudar tu a (imitando risada) Ficou todo sem jeito por ali e tal. Entrei no quarto, aí sim.
Terça-feira foram 4 prostitutas na mesma noite, sai uma entre outra, só pra ele. Quatro pra ele. ontem foram duas, né, saiu uma entrou outra. Então é isso, por baixo uma prostituta dessa cobra 500, né. Então tá sendo na faixa de 15,15 mil por semana de prostituição. Sim, aí depois que eu vi ele contando dinheiro hoje, né, eu falei, se tu precisar de ajuda pelo menos pra contar o dinheiro eu tô aqui, tá? Beleza.
Aí quando vacilei num, num… quarto, tava lá, me deitei né, pra esperar alguma coisa, arrumado, de calça, ele pega, eu varo pra fora, cadê o André, fugiu de novo. Aí meu amigo, é… é isso que eu tenho pra contar. Peguei meu carrinho aqui, tô saindo de Belém, tô indo embora. Pronto, simplesmente é isso. Situação é essa. Então, o que eu fazer, se eu for fazer alguma coisa, eu vou foder com ele todinho, que eu ainda não fiz isso, porque… por causa de ti pai”.