Vítima de 29 anos foi encontrada morta no quarto de casa. Ela deixa dois filhos
No cenário de uma triste realidade que assola o país, mais uma mulher é vítima da face cruel da violência de gênero. No sábado, 17, São Paulo se viu tomada por um crime que ceifou a vida de Elda Mariel Aquino Fortes, de 29 anos, uma mãe, uma profissional.
O crime ocorreu na residência da vítima, localizada na rua Conselheiro Rodrigues Alves, no Centro da cidade. A descoberta do corpo se deu quando a mãe de Elda adentrou a casa e se deparou com a cena: sua filha fora espancada até a morte. O Samu, acionado às pressas, não pôde fazer nada além de constatar o óbito no local.
Segundo relatos da Polícia Civil, Elda Mariel apresentava diversas lesões no rosto e sinais de asfixia, sugerindo o uso de uma técnica conhecida como ‘mata-leão’. O pescoço dela estava quebrado, indicando a extrema violência empregada no ato. A mulher deixa para trás dois filhos, agora órfãos de uma mãe vítima da fúria de um ex-namorado.
O suspeito, identificado como ex-namorado da vítima, está sendo procurado pelas autoridades como o principal responsável por esse ato hediondo. As investigações apontam para um histórico de violência doméstica, já que Elda havia registrado um boletim de ocorrência contra ele em janeiro deste ano.
Nesse registro, ela descreveu episódios de perseguição e ameaças de morte, culminando na imposição de uma medida protetiva. Mesmo assim, o desfecho trágico não pôde ser evitado, deixando um rastro de dor e revolta na comunidade.
A tragédia não se limita apenas à brutalidade do ato, mas também pela falha em proteger a vítima, apesar dos alertas e medidas de segurança previamente estabelecidas. A amiga de Elda relatou à polícia que, na madrugada fatídica, viu o suspeito rondando a casa da vítima, alertando-a sobre o perigo iminente. Porém, mesmo com a cautela, a fatalidade não foi evitada.
O feminicídio de Elda Mariel Aquino Fortes ressoa como um eco macabro da violência que assombra as mulheres brasileiras diariamente. Enquanto as estatísticas de mortes violentas continuam a crescer, as vozes clamando por justiça e proteção ecoam em um vácuo ensurdecedor, deixando-nos questionar quando e como esse ciclo nefasto será quebrado.