O presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou em seu discurso de posse que “nenhum governo recebeu uma situação do que estamos recebendo”, mencionando que o kirchnerismo no começo dizia ter superávits recordes e hoje deixa déficits de 17% do PIB. “Ao mesmo tempo, desses 17% do PIB, 15% correspondem ao déficit consolidado entre o Tesouro e o Banco Central, portanto não há solução viável sem que ataque déficit fiscal”, afirmou.
Milei disse que a Argentina fará um ajuste fiscal de 5% do PIB que, diferentemente do passado, cairá sobre o Estado, e não sobre o setor privado.
O recém-empossado presidente disse ainda que a troca cambial, outra herança do governo, constitui um “pesadelo social e produtivo, porque implica altas taxas de juros, baixo nível de atividade, pouco emprego formal, e salários miseráveis que impulsionam o aumento de pobres indigentes”.
Outra herança do governo anterior, segundo Milei, foi uma inflação a níveis de 15.000% ao ano, cujo combate deve ser “prioridade máxima”, para “evitar uma catástrofe que levaria a pobreza acima de 90% e a indigência acima de 50%, portanto não há solução alternativa para o ajuste fiscal”.
Milei afirmou que “haverá inflação, mas não é algo diferente do que aconteceu nos últimos 12 anos”. Segundo ele, o PIB per capta caiu 15% nos últimos 12 anos, em um contexto em que se acumulou 5.000% de inflação na Argentina. “Portanto, há mais de uma década vivemos com essa inflação. Portanto esse é o último momento ruim para começarmos com a reconstrução da Argentina”, acrescenta o chefe do Executivo. (AE)
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