Comparativo entre outubro 2020 e outubro 2019 mostra panorama da situação financeira do brasileiro ao final do ano de pandemia
Os brasileiros sentiram no bolso os últimos 12 meses. No ano mais atípico dos últimos tempos, onde negócios promissores viram seus clientes sumirem, enquanto outros atingiram picos de demanda, a Hibou, empresa de pesquisa e monitoramento de mercado e consumo fez uma pesquisa para saber como anda a situação financeira das pessoas e seus comportamentos de compras.
Em outubro de 2020, comparado a outubro de 2019, 42% dos entrevistados estão com menos dinheiro. 29% com a mesma quantidade, e 29% estão com mais dinheiro no bolso.
Menos dinheiro pode implicar dívidas, mas o saldo é positivo: apenas 25% dos brasileiros disseram que se endividaram. 72% disseram que não fizeram dívidas, e 13% preferiram não responder. Dos 25% dos brasileiros que estão com dívidas na pandemia, 56% não procurou empréstimo, 22% buscou empréstimo em seu banco; 14% buscou com amigos e familiares; 6% em financeiras de empréstimo e 2% abrindo uma conta em outro banco.
No quesito vida bancária, 85% dos brasileiros não abriram nova conta em banco durante a pandemia. 14% disseram que abriram, e 1% preferiu não responder. Dos 14% que abriram conta, os tops 5 listados foram respectivamente: Nubank, Santander, Itaú, CEF e Inter.
Diante desses números, era provável um cenário de pessimismo para 2021, mas os brasileiros estão um pouco mais otimistas. Em relação a suas vidas financeiras, 35% dos brasileiros não têm ideia do que vai acontecer, mas 31% acredita que tudo estará melhor, com mais oportunidades. 27% acha que será mais preocupante do que hoje, e 7% disse estar tudo igual ao que está atualmente.
No geral, sobre o ano de 2021, 63% dos brasileiros estão esperançosos; 54% preocupados; 49% focados; 42% otimistas; 41% animados; 37% indignados; 28% medrosos; 24% indiferentes e 19% pessimistas.
Confira o comportamento do brasileiro em relação aos gastos durante a pandemia conforme pesquisa:
Material de Construção: 40% dos brasileiros gastaram mais com material de construção; 21% gastou o mesmo; 25% gastou menos por causa do isolamento, e 14% gastou menos para economizar.
Jogos Eletrônicos/ Online: 37% dos brasileiros gastaram a mesma coisa com jogos eletrônicos/online; 30% gastaram mais; 19% gastaram menos por causa do isolamento e 13% gastaram menos para economizar.
Serviços digitais e streamings: 53% dos brasileiros gastaram a mesma coisa; 27% gastaram a mais; 10% gastaram menos por causa do isolamento e 9% gastaram menos para economizar.
Livros, jogos e lazer dentro de Casa: 43% dos brasileiros gastaram a mesma quantia do que antes da pandemia; 27% gastaram mais; 17% a menos por causa do isolamento e 14% a menos para economizar.
Decoração do Lar: 27% dos brasileiros gastaram a mais; 26% gastaram a mesma coisa; 26% gastaram menos por causa do isolamento e 22% gastaram menos para economizar.
Móveis Cadeiras e Colchões: 30% gastaram a mesma coisa, 25% gastaram a mais; 25% gastaram menos por causa do isolamento e 20% gastaram a menos para economizar.
Produtos Pet: 67% dos brasileiros gastaram a mesma coisa; 24% gastaram a mais; 4% gastou menos por causa do isolamento e 4% gastou menos para economizar.
Eletrônicos: 33% gastaram a mesma coisa; 24% gastaram a mais, 23% gastaram menos por causa do isolamento e 20% gastou menos para economizar.
Utensílios de Cozinha: 39% dos brasileiros gastaram a mesma coisa; 24% gastaram a mais; 21% gastou menos por causa do isolamento e 16% gastou menos para economizar.
Aparelho Celular: 55% dos brasileiros gastaram a mesma coisa; 22% gastou a mais; 14% gastou menos por causa do isolamento e 9% gastou menos para economizar.
Alimentação fora de Casa: 55% dos brasileiros gastaram a menos por causa do isolamento; 17% gastaram a mais; 16% gastaram o mesmo e 12% gastaram a menos para economizar.
Brinquedos: 36% dos brasileiros gastaram a menos por causa do isolamento; 29% gastaram o mesmo; 18% gastaram a menos para economizar e 16% gastaram a mais
Roupas e Acessórios: 49% dos brasileiros gastaram a menos por causa do isolamento; 21% gastou o mesmo; 20% gastou a menos para economizar e 11% gastou a mais.
Automóvel: 51% dos brasileiros gastaram a menos por causa do isolamento; 31% gastou o mesmo; 9% gastou a mais e 9% gastou a menos para economizar.
Gasolina: 58% dos brasileiros gastaram a menos por causa do isolamento; 25% gastaram o mesmo; 9% gastaram a mais e 8% gastaram a menos para economizar
Restaurantes e Bares: 68% gastaram a menos por causa do isolamento; 11% gastaram a menos para economizar; 11% gastou o mesmo e 9% gastou a mais.
Plano de Saúde: 78% disseram que gastaram o mesmo; 11% gastou a menos por causa do isolamento; 7% gastaram a mais e 4% a menos para economizar.
Jóias e Relógios: 49% gastaram a menos por causa do isolamento; 25% gastaram a menos para economizar; 20% gastaram o mesmo e 6% gastaram a mais.
Transporte público: 71% gastaram a menos por causa do isolamento; 18% gastaram o mesmo; 5% gastaram a menos para economizar e 6% gastaram a mais.
Academia: 66% gastaram a menos por causa do isolamento; 22% gastaram a mesma coisa; 7% gastaram a menos para economizar e 4% gastaram a mais.
Viagens: 83% gastaram a menos por causa do isolamento; 8% gastaram a menos para economizar; 6% gastaram o mesmo e 2% gastaram a mais.
Cinema, Teatro e Shows: 90% dos brasileiros gastaram menos por causa do isolamento; 6% gastaram a menos para economizar; 3% gastaram o mesmo e 1% apenas gastaram a mais.
Metodologia: A Hibou entrevistou em formato digital mais de 3.600 pessoas do Brasil todo, 57% mulheres e 43% homens, classes sociais A, B e C, durante o mês de Setembro.
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