“Vamos lutar, Elon Musk. Eu não tenho medo de você”, desafiou o ditador. “Se eu ganhar, ele renuncia, mas se eu perder ele ganha viagem de graça a Marte”, alfinetou Musk
Em um episódio que mistura tragédia e absurdo, o ditador venezuelano Nicolás Maduro, que comanda um regime de extrema esquerda em um país fragilizado e faminto, desafiou o bilionário norte-americano Elon Musk para uma luta de rua. O desafio foi feito durante uma entrevista coletiva nesta quarta- 31, em um contexto onde Maduro enfrenta duras críticas por fraudar as eleições de 28 de julho e por continuar a reprimir a população da Venezuela.
Maduro, que se autoproclama herdeiro de Simón Bolívar e Hugo Chávez, acusou Elon Musk de ser um “arqui-inimigo” e de orquestrar ataques contra a Venezuela, incluindo um suposto hackeamento do sistema eleitoral do país. Cercado por militares, o líder venezuelano afirmou: “Qualquer um que mexe comigo, seca. Qualquer um que mexe com a Venezuela, seca. Você quer lutar? Então vamos lutar, Elon Musk. Eu não tenho medo de você.”
Elon Musk, conhecido por suas declarações provocativas e seu uso frequente das redes sociais, respondeu ao desafio de Maduro em sua plataforma, X (antigo Twitter). O bilionário ironizou a situação, aceitando o convite para a luta e impondo uma condição inusitada: “Se eu ganhar, ele renuncia ao cargo de presidente da Venezuela. Se eu perder, ele ganha uma viagem a Marte de graça.”
A provocação de Musk veio após o bilionário criticar abertamente as eleições venezuelanas, chamando-as de “fraude” e rotulando Maduro como “um ditador”. Musk, que tem feito comentários críticos às políticas de Maduro, chegou a dizer em espanhol que “O burro sabe mais que Maduro”, acrescentando, em tom sarcástico, um pedido de desculpas aos animais por compará-los ao líder venezuelano.
A troca de desafios entre Maduro e Musk, que seria cômica se não fosse trágica, expõe a surrealidade da situação política na Venezuela, onde milhões sofrem com a falta de alimentos e medicamentos, enquanto o líder do país direciona suas energias para brigas pessoais com figuras internacionais. A realidade, porém, é que, enquanto Maduro faz bravatas contra adversários externos, a população venezuelana continua a enfrentar uma crise humanitária sem precedentes, resultado de anos de má gestão e repressão estatal.