No pacato Jardim América, em Goiânia, um drama digno de novela das nove finalmente teve seu clímax na última sexta-feira (4). A Polícia Civil de Goiás (PCGO) prendeu uma mulher suspeita de envenenar o gato da vizinha, naquele que pode ser descrito como o mais improvável caso de justiça felina dos últimos tempos.
O crime, que aconteceu em junho, deixou um rastro de indignação. O gato, que por ironia do destino, sobreviveu aos sintomas terríveis de intoxicação – dificuldade para andar, vômito, diarreia, salivação excessiva e até convulsões – foi rapidamente levado para uma clínica veterinária. Lá, foi confirmado: sim, o felino havia sido cruelmente envenenado. Mas, como nas melhores histórias, o herói sobreviveu para contar.
O enredo ficou ainda mais quente quando a polícia descobriu que a principal suspeita do crime era a vizinha da dona do gato. Motivo? Um clássico: não gostava de gatos. Quem poderia imaginar que uma simples aversão a felinos resultaria em uma operação policial com direito à apreensão de celular e até munições? Sim, você leu certo. Foram encontradas 10 munições na casa da suspeita, o que elevou a questão de um envenenamento animalesco para uma prisão em flagrante por posse irregular de munição.
Agora, a mulher, cujo nome não foi revelado (afinal, a justiça é discreta quando quer), pode enfrentar até 5 anos de prisão por maus-tratos a animais e até 3 anos por posse irregular de munições. E, enquanto a vilã da história tenta entender onde tudo deu errado, o gato segue firme e forte sob os cuidados de sua tutora, quem, aliás, pode comemorar: a justiça chegou, ainda que um tanto inusitada.
Parece que, no fim das contas, um gato ter sete vidas tem mesmo suas vantagens. Afinal, sobreviver ao envenenamento e ver a algoz ser levada para a prisão é um tipo de final feliz que nem os humanos conseguem sempre alcançar.
Do Ver-o-Fato, com informações de Mais Goiás.