Brenda, uma jovem mãe de 28 anos, emocionou e chocou o público ao compartilhar sua história no programa Love Don’t Judge, no YouTube. Moradora de Jacksonville, Flórida, e mãe de três filhas, Brenda relatou uma traição que abalou profundamente sua vida. A revelação de que seu próprio pai manteve relações sexuais com seu então marido culminou não apenas no fim de seu casamento, mas também na contração do vírus HIV.
Em seu depoimento, Brenda contou que tudo começou quando ela tinha 19 anos e estava grávida de sua primeira filha. O homem com quem se casou havia sido apresentado a ela por seu pai, um pastor. Na época, seu pai acreditava que o relacionamento seria perfeito. “Meu pai disse que ele [ex-marido] era um amigo. Todo mundo sabia que eu era filha do pastor, e eles tinham essa obsessão por filhas de pastores. Meu pai queria que eu me casasse com ele, acreditando que seríamos uma boa combinação”, relembra Brenda.
Entretanto, o que parecia um casamento ideal se transformou em uma trama de traição e desilusão. Brenda descobriu que seu pai e seu marido mantinham um relacionamento secreto. “Eu me senti traída, enojada, senti que não valia nada. Eu não acreditava mais no mundo da lealdade”, desabafou. Como se a situação não pudesse piorar, a jovem mãe ainda testou positivo para HIV após buscar ajuda médica.
Diante dessa devastadora realidade, Brenda decidiu se separar do marido e cortar todo contato com seu pai. O diagnóstico de HIV trouxe novos desafios para sua vida, especialmente o medo de nunca mais ser aceita por alguém. “Eu me sentia presa. Eu estava deprimida. Comecei a parecer doente”, relatou, descrevendo como a traição e a descoberta do vírus impactaram sua saúde mental e física.
Contudo, a vida de Brenda tomou um novo rumo quando ela conheceu Brandon, um homem que a aceitou e ofereceu apoio incondicional. “Fiquei muito nervosa quando contei a Brandon que tenho um passado horrível”, revelou. O casal compartilha sua jornada de convivência com o HIV nas redes sociais, especialmente no TikTok de Brenda, onde falam abertamente sobre o assunto.
Brenda toma medicamentos para HIV diariamente e, antes de qualquer relação íntima com Brandon, ambos realizam testes para garantir que o vírus esteja em níveis indetectáveis. Ela também destaca que suas três filhas não têm o vírus.
No entanto, para Brenda, o estigma social ainda é um grande obstáculo. “A pior parte de ter HIV é lidar com efeitos colaterais como ansiedade e depressão, além do julgamento de estranhos”, disse. Comentários preconceituosos e cruéis frequentemente aparecem, como: “Você é egoísta por ter filhos” ou “Você deveria morrer”. Brenda desabafa sobre a desumanização que sente, afirmando: “As pessoas me fazem sentir como se eu não fosse humana, como se eu fosse uma doença ambulante. Eu quero que as pessoas saibam que há vida após o HIV.”
Do ver-o-fato, com informações do revistacrescer.globo.com