No dia 25 de janeiro de 2015, por volta das 5 horas da manhã, a jovem Sabrina Natalina Damasceno Cabrine, então com 19 ano, foi assassinada a tiros quando retornava de uma festa, acompanhada de um namorado e um casal de amigos, em Belém.
O autor do crime foi Mauricio Santos de Souza, 28 anos, que era casado, mas tinha um relacionamento com a vítima e não aceitava a separação. O assassinato ocorreu quando a jovem e os acompanhantes estavam em um posto de combustível. Depois dos tiros, todos saíram correndo do local, deixando a vítima no chão, já morta.
Jurados do 4º Tribunal do Júri de Belém, presidido pelo juiz Cláudio Henrique Lopes Rendeiro, decidiram condenar ontem (7) o assassino e a pena aplicada ao réu foi de 20 anos de reclusão, que será cumprida em regime inicial fechado, numa das unidades prisionais do Estado.
Na sentença, o juiz negou o direito ao condenado de ficar em liberdade para recorrer da decisão.
A decisão do Tribunal do Júri acolheu a acusação do promotor de justiça Jaime Bastos Filho, que sustentou a tese de homicídio qualificado contra a vítima, com quem mantinha relacionamento amoroso. Detalhe: a relação durou apenas 30 dias.
Para o promotor, o crime foi cometido por motivo fútil em razão do fim do relacionamento com a vítima e pelo uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.
O defensor público Domingos Lopes Pereira sustentou a negativa de autoria, baseado em declarações do acusado, durante o interrogatório prestado no júri. Segundo o advogado de defesa, não existem provas no processo que confirmem que foi o réu autor do crime.
Na sessão do júri foram ouvidos dois policiais civis que atuaram nas investigações. A polícia indiciou, além do réu executor do crime, mais três participantes, sendo pronunciado apenas um deles, que será submetido a júri quando for capturado.
Os investigadores reconheceram as imagens captadas pela câmera de segurança do posto de combustível onde a vítima foi executada.
A motivação do crime teria sido porque a jovem rompeu relacionamento que mantinha há cerca de um mês com o réu. Ela era agredida e maltratada pelo companheiro, segundo familiares da vítima.
Em interrogatório, o réu negou ter efetuado disparos de arma fogo contra a vítima, mas admitiu que mantinha relacionamento íntimo com a jovem, mesmo sendo casado com outra mulher, e que os encontros já ocorriam há cerca de 30 dias.
A assessoria do TJPA não informou o nome do outro homem que será submetido a julgamento pela morte da jovem. Também não informou o nome do posto de gasolina onde o crime foi cometido, nem o endereço e o bairro.
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