Gina Smiatich foi assassinada “a tiros” pelos terroristas, “a sangue frio”, confirma Israel
Israel confirmou na rede social X, antigo Twitter, que Gina Smiatich, nascida na então Checoslováquia em 1933 e sobrevivente do campo de concentração estabelecido pelos nazistas na cidade de Terezín, perto de Praga, foi assassinada a tiros pelo Hamas no massacre de 7 de outubro em Israel.
“Gina (90) sobreviveu ao Holocausto infligido pelos nazistas contra os judeus. Ela testemunhou as atrocidades que ceifaram a vida de 6 milhões de judeus. Na semana passada, terroristas do Hamas invadiram a sua casa em Israel e mataram-na a tiros.
Ela foi assassinada a sangue frio. Que sua memória seja uma bênção”, disse a nota. Segundo o Memorial de Teresín, o corpo de Gina foi encontrado pelas forças israelenses à porta da sua casa no Kibutz Kissufim, a poucos quilômetros da fronteira com Gaza.
O massacre de 7 de outubro foi o maior genocídio de judeus desde o Holocausto.
Essa escapou
Sentir-se insegura em sua propria casa era um sentimento que Ruth Haran, sobrevivente do Holocausto e atualmente com 87 anos, não vivenciava desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Isso mudou no dia 7 de outubro, quando homens do Hamas entraram em sua casa no kibutz de Beeri, no sul de Israel. Eles a forçaram a entrar no quarto seguro da casa, de onde saiu ilesa horas depois. Sua família não teve o mesmo destino.
Dez parentes de Haran — incluindo filhos, netos e bisnetos — estão neste momento desaparecidos. Ela acredita que os militantes do Hamas os façam de reféns na Faixa de Gaza.
“Por favor, façam o que for possível para libertá-los”, pediu ela em entrevista ao Channel 12, uma emissora de Israel, na sexta-feira.
A esposa de um dos bisnetos de Haran disse à Reuters nesta segunda-feira que a família ainda não sabe como Haran sobreviveu a um ataque no qual tantas pessoas morreram nas mãos de militantes palestinos.
“Quando recebemos uma ligação no domingo, de que ela estava em Netivot, ficamos chocados e espantados com sua força e habilidade”, afirmou à Reuters Annalee Milstein em entrevista de sua casa, em Tel Aviv. “Ela ficou completamente só em casa, no quarto de pânico, o dia todo.”
Haran, uma judia nascida na Romênia que sobreviveu à perseguição nazista e se mudou para Israel quando era criança, disse ao Channel 12 que estava relaxando em casa na manhã do dia 7, quando se deu conta de que algo estava errado quando ligou para o seu filho, Avshalom, e outros membros da família, mas ninguém atendeu.
Pouco depois, os militantes do Hamas entraram na casa e a direcionaram para o quarto seguro, que existe em muitas residências do sul de Israel para que os moradores se defendam de eventuais ataques do Hamas com mísseis. Ela ficou ali até se sentir segura para sair, apenas para ver a destruição causada pela ação: corpos, além de casas queimadas e destruídas.
A família conseguiu rastrear a localização de alguns telefones celulares das pessoas da família na Faixa de Gaza, afirmou Milstein. Uma ligação para um deles foi atendida por um homem que falava hebraico com sotaque árabe. Ele afirmou que a família fora sequestrada. Fontes: O Antagonista e Portal Terra.