Os ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza mataram pelo menos 2.750 pessoas e feriram mais de 9.700, disse o Ministério da Saúde palestino em um comunicado nesta segunda-feira (16). Na Cisjordânia, 58 pessoas morreram e mais de 1.250 ficaram feridas, acrescentou o ministério.
Mais de 700 crianças foram mortas na Faixa de Gaza e outras 2.450 ficaram feridas desde o dia 7 passado, quando o bombardeio começou, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), citando fontes locais.
Desde 7 de outubro, quando Israel lançou uma contraofensiva após um atentado do Hamas em seu território, as vítimas em Gaza aumentam e já ultrapassaram o número de mortos do conflito Gaza-Israel de 2014, que durou cerca de 50 dias, disse um porta-voz do ministério no domingo.
Até agora, 2014 tinha sido o ano mais mortal registrado no conflito Israel-Palestina, com pelo menos 2.251 palestinos mortos ao longo da guerra, segundo dados do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
Em Israel, o número de mortes é de cerca de 1.300 pessoas desde o início do conflito contra o Hamas.
Dezenas de corpos não identificados foram enterrados em valas comuns na cidade de Gaza, segundo o chefe do gabinete de comunicação social do governo controlado pelo Hamas.
“Como dezenas de outros mártires estavam chegando – crianças, bebês, mulheres, homens, idosos – estávamos inclinados a cumprir nosso dever moral e legítimo para com esses mártires, enterrando-os. Preparamos uma vala comum na sepultura de emergência para enterrar aqueles que não foram identificados”, disse Salama Marouf num vídeo publicado no domingo (15).
Vídeos de redes sociais verificados pela CNN mostram dezenas de corpos embrulhados em plástico branco trazidos do hospital Shifa, em Gaza, para um cemitério onde foram colocados em fileiras organizadas.
“A matança de crianças tem de acabar”, disse o porta-voz da Unicef, James Elder. “As imagens e histórias são claras: crianças com queimaduras horríveis, ferimentos de morteiro e partes do corpo perdidas. E os hospitais estão totalmente sobrecarregados para tratá-los.”
Elder juntou-se aos apelos da comunidade internacional dizendo: “As crianças israelenses mantidas como reféns em Gaza devem ser reunidas de forma segura e imediata com as suas famílias e entes queridos”. Fonte: CNN