Depois de perder verbas no início do governo Bolsonaro — foi uma das atingidas na polêmica sobre a Amazônia entre o governo Bolsonaro e a Alemanha e Noruega –, a Fundação Amazonas Sustentável pode sentir-se vingada. Acaba de ganhar — é a primeira organização social do Brasil, e da América do Sul a conseguir esse feito — o Prêmio Unesco de Educação. Os vencedores, que incluem uma organização de Botsuana e outro da Alemanha, receberão US$ 50 mil cada, em cerimônia marcada para 15 de novembro, na sede da Unesco em Paris.
Tendo em sua direção nomes como Luiz Villares, Roberto Klabin, Antonio Firmin e Cristiane Torloni, a FAS cuida hoje de 16 unidades de conservação no Amazonas, numa área de 11 milhões de hectares. Ganhou o prêmio, segundo a Unesco, por soluções inovadores aplicadas em 581 unidades ribeirinhas e indígenas distribuídas por aquelas 16 unidades.
Com a ajuda dos recursos recebidos — ela continua sendo apoiada financeiramente por muitas outras instituições, de dentro e de fora do País — a FAS criou projetos sobre educação ambiental, geração de renda e capacitação de lideranças que beneficiaram cerca de 39 mil pessoas. Entre 2016 e 2019, desenvolveu 340 cursos. Um de suas lideranças, o superintendente-geral Virgílio Viana, vê no prêmio “um simbolismo enorme”. Em seu entender, ele reforça a convicção de que “a melhor forma de cuidar da floresta é cuidar de pessoas”. Fonte: Estadão.
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