Um homem de 20 anos foi preso nesta quinta-feira (31) acusado de estuprar uma criança de 10 anos, aluna da escola em que ele era funcionário. Segundo a polícia, o homem foi apontado como um ‘iniciador sexual’ das jovens, com a possibilidade de mais vítimas. A prisão preventiva do acusado foi realizada no bairro do Buritizal, na Zona Sul de Macapá, por meio da Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Contra Criança e Adolescente (Dercca).
A delegada Clívia Valente, titular da Dercca, disse que o fato do homem estar inserido na unidade de educação em que a criança estudava, pode ter facilitado o acontecimento criminoso. “O abusador faz parte do núcleo educacional da vítima o que pode ter facilitado o seu acesso à menor, sem olvidar que há possibilidade de localização de outras vítimas”, disse.
O homem estava sendo investigado desde o mês de setembro deste ano, quando a mãe da criança registrou o Boletim de Ocorrência, após os relatos da vítima. “Representei pela prisão preventiva, eis que as peças informativas, como as declarações da Representante Legal da vítima, e boletim de ocorrência, atestam tanto a existência do crime quanto indícios suficientes de sua autoria pelo representado”, finalizou a delegada.
O acusado foi encaminhado à audiência de custódia e segue à disposição da justiça.
A situação levanta discussões fundamentais sobre a segurança nas escolas e a responsabilidade de todos os envolvidos na educação e cuidado com as crianças. Especialistas alertam para a necessidade de um olhar atento, tanto de educadores quanto de familiares, a fim de detectar comportamentos e sinais que possam indicar algum tipo de abuso ou situação de risco.
Para a delegada Clívia Valente, além de garantir a punição do acusado, o caso reforça a urgência de uma rede de proteção ativa. “Precisamos que a comunidade escolar esteja sempre vigilante e que a relação entre a escola e as famílias seja de confiança, com abertura para que pais e responsáveis possam discutir qualquer comportamento suspeito,” afirmou.
A Dercca destacou a importância do diálogo entre as famílias e as crianças, orientando que os pais mantenham um espaço seguro para que os menores relatem qualquer situação desconfortável ou incomum. A comunicação constante e o acompanhamento das crianças são vistos como medidas preventivas eficazes para proteger os menores de abusos.
Treinamento
O caso em Macapá também trouxe à tona a necessidade de treinamentos periódicos para funcionários de escolas, que devem ser orientados sobre protocolos de segurança e sinais de alerta. A colaboração entre educadores, funcionários e responsáveis é considerada essencial para a criação de um ambiente escolar onde as crianças estejam protegidas e onde possíveis casos de abuso possam ser rapidamente identificados e interrompidos.
Esse tipo de situação, embora difícil, tem um caráter pedagógico importante para a sociedade, reforçando o papel de todos na construção de um ambiente de confiança e proteção para as crianças, dentro e fora das escolas.