Você certamente já deve ter visto uma Deepfake onde o rosto de alguém muito conhecido aparece no corpo de outra pessoa. Esse tipo tecnologia, que no começo parecia muito divertido, logo começou a ser usado para práticas de crimes ou até mesmo arma política de manipulação.
A atriz Gal Gadot, que interpretou a Mulher Maravilha nos cinemas, foi vítima desses programas ao ter seu rosto inserido em um filme pornô. Outro exemplo é o governador de São Paulo, João Doria, que também viu sua face em um vídeo que mostrava “ele” com várias mulheres.
Já não bastassem esses casos e as milhares de fake news que rondam nosso dia a dia, agora cientistas da Universidade de Washington, nos EUA, alertam para mais um problema: imagens falsas de satélites, que são chamadas de “FakeGeo”.
Essas imagens são geradas por uma inteligência artificial capaz de mudar paisagens urbanas, alterar relevos, o curso de rios e qualquer outro elemento que faça parte do ambiente fotografado.
Tal falsificação pode tornar que seja mais difícil identificar imagens adulteradas de regiões distantes ou pouco habitadas, o que gera temor para quem usa imagens de satélite na Amazônia para combater crimes ambientais e fundiários.
Diversos órgãos do governo federal e estadual usam imagens de satélite para emitir notas técnicas e identificar pontos a serem fiscalizados. Criminosos, com essa ferramenta, poderão maquiar desmatamento, extração ilegal de minério, plantação de drogas e degradação contra rios importantes da região.
A ferramenta também pode ser inserida em guerras, desnorteando ataques inimigos ou mesmo escondendo armas nucleares. Além disso, pode induzir ataques a pontos errados, matando civis, por exemplo.
Por conta disso, o professor Bo Zhao, da Universidade de Washington, criou um software capaz de gerar deepfakes de satélites, usando o mesmo método de inteligência artificial que é facilmente encontrado na internet. A partir daí, ele e sua equipe desenvolveram um outro programa para detectar falsificações com base em texturas, contraste e cor das paisagens.
Mas como qualquer ferramenta de detecção, ela irá precisar de constantes atualizações para que consiga verificar a veracidade das imagens em tempo real. A tarefa é difícil, mas promissora. São novas armas que podem ser usadas para o mal e a humanidade deve estar preparada para combate-las.
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