Quem mora no campo sabe da importância da aviação agrícola no combate às pragas que prejudicam as plantações, reduzindo a produtividade das empresas do setor. O problema é quando um piloto de um desses aviões, que deveria estar restrito a essa atividade, para a qual já é bem pago, resolve extrapolar e fazer loucura nos ares, fora da área rural.
De repente, do nada, eis que ontem aparece um avião monomotor, igual a desses usados na lavoura, fazendo voos rasantes sobre a cidade de Paragominas. Moradores da cidade enviaram vídeos ao Ver-o-Fato, tachando de “irresponsáveis” as acrobacias do piloto. Em mensagem ao portal, um comerciante desabafa: “esse cara colocou em risco a vida dos moradores e a dele próprio, fazendo isso. Já pensou se o avião perde o controle, bate e explode sobre prédios e casas?”.
Outro morador, pedindo para não ser identificado, relatou que durante as “acrobacias” do piloto, muita gente chegou inicialmente a pensar que houvesse problemas com a aeronave, mas depois ficou claro que ele parecia se divertir com o que estava fazendo, enquanto no solo os moradores, quase em pânico, temiam que a qualquer momento o avião caísse. O que, felizmente, não aconteceu.
Em grupos de produtores rurais de Paragominas, o avião e o piloto chegaram a ser identificados, mas as mensagens foram depois apagadas diante da repercussão negativa, por toda a cidade, da atitude do piloto. A Aprosoja, a entidade doo produtores, afirmou um comerciante, sabe de quem se trata, mas minimiza o episódio e protege o autor.
O próprio piloto, porém, pressionado, gravou um áudio (ouça, abaixo), pedindo desculpas “pelo transtorno ou medo que causou ” aos moradores. Alegou que fez os voos rasantes porque ” um colega nosso faleceu e estava sendo velado na igreja”. A igreja está localizada na área onde ele fez a “exibição”.
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