A insegurança pública que domina o Pará fez mais uma vítima, como faz todos os dias em qualquer lugar e a qualquer hora por todo o estado. Desta vez, o alvo foi um integrante do Poder Judiciário, o juiz de Ananindeua, Edilson Furtado Vieira, cuja família viveu momentos de terror nas mãos de três bandidos.
Segundo informações obtidas pelo Ver-o-Fato junto às autoridades, o assalto à residência do magistrado, que possui casa no bairro do Murubira e estava com a família no interior do imóvel durante a invasão dos criminosos, teve lances de pânico, pois um dos homens armados chegou a agredir fisicamente o juiz, enquanto outro constrangia a esposa dele e familiares.
Tudo ocorreu durante a tarde da última segunda-feira, 14, por volta das 14 horas, de acordo com o registro policial. Os assaltantes entraram pelos fundos da casa, aproveitando-se da fragilidade na segurança do imóvel, que não tem muro e acaba em um pequeno rio.
O detalhe é que um deles já havia sido preso anteriormente por arrombar a mesma casa, levando pertences do juiz. O ladrão estava sob liberdade provisória. Portanto, conhecia o local e sabia como entrar sem dificuldades. Na ação de segunda-feira, eram três os assaltantes.
De acordo com a ocorrência registrada na delegacia de polícia, o trio chegou armado, surpreendendo o juiz e familiares. Um dos criminosos estava de tornozeleira eletrônica. Após fazer ameaças de morte às vítimas, eles levaram um notebook, quatro celulares, um aparelho de televisão, um Xbox, um Playstation, um cordão de ouro, além de R$ 2,4 mil em espécie.
Concluído o assalto, eles fugiram por uma área de mata atrás do conjunto. Após a comunicação do crime, quatro viaturas da Polícia Militar realizaram incursões pelo local na tentativa de prendê-los. As próprias vítimas reconheceram Jonathan Giovane e Geovani da Silva como dois dos envolvidos no assalto.
Um terceiro suspeito, conhecido apenas por Patrick, também foi identificado. Durante as buscas, os policiais militares encontraram o aparelho de televisão, abandonado na mata por ocasião da fuga. A Polícia Civil abriu inquérito e pediu a prisão preventiva dos dois que foram reconhecidos pelas vítimas.
Em operação da qual participam homens do 25º Batalhão da PM e policiais civis, as buscas continuam para prender os envolvidos no caso.