A “Operação Apate”, do GAECO, prendeu na manhã desta terça-feira (28), o ex-cartorário Diego Kós Miranda. A investigação que culminou na prisão de Miranda teve início em 2022. Uma advogada e assessora do ex-cartorário identificada como Giseanny Valéria Nascimento da Costa também foi presa na operação. Outro empregado de Kós Miranda está foragido. A informação foi divulgada pelo site O Antagônico.
O site informou ainda que Diego Kós Miranda e membros de sua família estavam envolvidos em um grande esquema de estelionato, com vários golpes aplicados em bancos do Pará e de fora do estado. Os golpes, segundo a investigação do GAECO, consistiam em apresentar imóveis inexistentes como garantia de empréstimo. A prisão foi decretada pelo juiz Heyder Tavares. A operação segue em andamento.
Ele é suspeito de envolvimento em um golpe que causou prejuízo de R$ 11 milhões para instituições financeiras. Além das duas prisões temporárias, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão e contas foram bloqueadas.
“Os alvos são diversos agentes particulares que atuam aplicando estelionatos milionários contra instituições financeiras” e suspeitos, segundo o MP, de “associação criminosa, estelionato, falsificação de documento público e lavagem de dinheiro”.
“Os agentes usam do engodo de alugar escritório luxuoso em prédio comercial caro. Os gerentes bancários os visitam e se impressionam com a “riqueza” da empresa. Talvez por isso, acabem facilitando a liberação do valor do financiamento sem adotar maiores cuidados”, informou o MP.
Ainda de acordo com as investigações, o grupo criminoso abria uma empresa “com o escopo de atuar no mercado da construção civil. Apresentavam aos bancos certidões vintenárias falsas e com esse documento, conseguiam empréstimos milionários”. Os bancos percebiam o estelionato quando as dívidas não eram pagas e que os bens apresentados como garantia não pertenciam à empresa beneficiada com o financiamento.
O banco que denunciou o caso à polícia antes de percebe o golpe foi a Caixa Econômica Federal, pois pediu informações sobre um dos imóveis da empresa a um cartório e soube que a certidão era falsa. Uma das instituições financeiras prejudicadas também representou na Justiça contra os investigados.
A investigação teve como foco o prejuízo de R$ 11 milhões causado a dois bancos, mas conforme o MP, há evidências de que o grupo criminoso tenha aplicado golpes em diversas entidades financeiras, alcançando mais de R$ 30 milhões de só na praça de Belém.
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